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Eu, que desde alguns annos converso mais os livros que os socios da Academia, lucrei sobremodo com a passagem de Soromenho pela bibliotheca d'aquelle estabelecimento, que ás vezes parece mais morto que vivo. Não conheci nunca, no trato particular que tive com Soromenho, a irritabilidade agreste que muitos lhe attribuiam.

A paizagem agreste do Douro abundava nos meus primeiros livros, de modo que, posto curasse por informações, foi por amor da variedade que eu desferi vôo para Alcobaça a fim de pendurar nos seus arvoredos a minha novella, como um ninho de tristezas brandas, que a minha imaginação, timida andorinha, se propunha fabricar...

Em quanto eu apparelho hum novo esprito, E voz de cysne tal, que o mundo espante, Com que de vós, Senhor, em alto grito Louvores mil em toda parte cante; Ouvi o canto agreste em tronco escrito, Entre vaccas e gado petulante: Que quando tempo for, em melhor modo Ha de m'ouvir por vós o mundo todo.

Ó vento cantante do Norte! Minha lyra agreste é mais forte Do que a tua! Vinde todos, troveiros do ar, Em desafio commigo a cantar Por essa rua! Vem entrando a barra a galera «Maria» Que vem de tão longe e tão linda que vem! Toca em terra o sino p'ra missa do dia Em frente, em Santa Maria de Belem! Mareantes trigueiros no alto dos mastros, dobram as velas não são mais precizas!

Muita especulação vejo eu fazer, Que em lugar de lucrar, bota a perder; Pois de ter perda certa não se izenta Quem para tirar dez dispende oitenta. Portugal, Portugal! não te conheço! Que me fazes tristeza te confesso! Homens ha mais nocivos do que a peste, E senhoras tambem de genio agreste: Enfadão-se com todos, e com tudo, E parece que o fazem por estudo!

+CINZENTANIA+ rezênha obliqua d'invernia cláve sinfonia agreste dos cilindros fôscos penúgem neve dos repuxos falsos na passagem do regimento com ferrúgem de tambôres dedal de prata por detraz dos vidros baços á espera do boneco de estampar que foi pena sair mal o correio não trouxe nada Acre ozone de arrebol cinzento mata-borrão azía Santa-Barbara Azul d'Inverno faz frio no peito em cima no tombadilho a chover e a fazer Sol estão-se as bruxas a pentear Historia tragico-maritima o crime da varina Azinhaga sociedade filarmonica Vasco da Gama Vendedeiras de laranjas filipina! sotaque phenicio das varinas tricanas Arrufadas Coimbra +B+ fado tinto e sentimental Astrakan maltez de misticismo bárbaro perfil britado em ceitil-museu rial d'agua içado do Aqueducto Velho pró banco da Mina co'a rodilha ao lado esteve aqui a Rosa Maria no dia 7 de Maio de 1916 com o poeta futurista José de ALMADA-NEGREIROS

Minha alva Dinamene, a primavera Que os deleitosos campos pinta e veste, E rindo-se uma côr aos olhos gera, Que em terra lhes faz ver o Arco celeste; As aves, as boninas, a verde hera, E toda a formosura amena agreste Não he para os meus olhos tão formosa, Como a tua, que abate o lirio e rosa.

Mais do que isto: a alma das coisas, o que de inexplicavel e de subtil parece emanar de um conjuncto qualquer onde os olhos se poisem, tranquillidade das sombras, arrogancia de um tronco, ternura das relvas... devia resaltar suggestivamente do jardinsinho japonez, imprimir-lhe um caracter, uma philosophia, acordando na mentalidade dos visitantes um sentimento de paz, de triumpho, de saudade... Claro está que as flores de luxo, como as rosas, como as camelias, como as peonias, eram excluidas, por improprias da intençäo de quadro agreste dada á scena.

Elle era n'esse tempo uma creança loira Vivendo na abundancia agreste da lavoira, Ao vento, a chuva, ao sol, pastoreando os gados, Deitando-se ao luar nas pedras dos eirados, Atravessando á noite os solitarios montes, Dormindo a boa sésta ao das claras fontes, Trepando aos pinheiraes, ás fragas, aos barrancos, No rijo e negro pão cravando os dentes brancos, Radioso como a aurora e bom como a alegria.

A sua barba agreste! A dos seus barretes! Que espessos forros! N'uma das regueiras Acamam-se as japonas, os colletes: E elles descalçam com os picaretes, Que ferem lume sobre pederneiras. E n'esse rude mez, que não consente as flores, Fundêam, como a esquadra em fria paz, As arvores despidas. Sobrias côres! Mastros, enxarcias, vergas! Valladores Atiram terra com as largas pás.

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