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Atualizado: 13 de maio de 2025
Eis porque Adamastor tem um abutre os próprios braços do amor, regaço ondulado de Thetis, fazendo estremecer infinitamente a bruteza penhascosa do seu corpo.
Camões, assistindo já ao declinar do sol, pôde contar as fomes soffridas no mar, os temporaes e os naufragios, as peregrinações nos reinos adustos do terrivel Adamastor, e o collar de esqueletos brancos estendidos ao longo dos areaes das duas Africas um rosario de tragedias funebres!
O publico era dominado por o artista, e n'um d'estes silencios que todos prevêem se desencadeiará em brados de enthusiasmo e phrenesi, escutava-lhe as duas quadras finaes: Porém o furor me incita! Dava, ao dizer isto, tres passos á frente, desembainhava o alfange e abria os braços. Tinha o que quer que era de Adamastor, visto assim. O brio dá-me ousadia.
Lendas de origem portugueza só havia duas a do gigante Adamastor, no Cabo das Tormentas, que o grande épico dos Lusiadas tão lindamente narrou em verso sonoroso, e a do cavalleiro de pedra, na ilha do Corvo mas este, ao contrario dos outros que intimavam o navegante a retroceder, mandava-o avançar, apontava-lhe o caminho a seguir, demandando novas regiões.
Mas, não prosigamos no desenrolar d'esta documentação sem uma referencia demorada ás peripecias que precederam o desembarque dos marinheiros no quartel de Alcantara e o bombardeamento do Paço das Necessidades. Como já dissémos, ás 7 horas da manhã do dia 4, o tenente Parreira recebeu as primeiras informações do que occorria a bordo dos navios revoltados: o Adamastor e o S. Raphael.
A Epopeia vai fazer-se: os portugueses partem ligando os mundos, e, ao dobrar da África, o velho do Restelo é o Prometeu português, o Adamastor petrificado, prevenindo de novo as almas das duras consequências da audácia, das dôres companheiras de toda a criação.
O Adamastor erguia-se inclemente Invectivando em maldições fataes: Gama que busca um novo continente E ri das couzas sobrenaturaes. Entretanto quem era esse phantasma, Que ao vêr a frota portugueza pasma E diz phrases vibrantes de crueza? Elle era o Antigo Espirito que absorto Via o maravilhoso extincto e morto, E o Homem dominando a Natureza.
Tendo colhido algumas informações favoraveis á ida do emissario para a Rotunda, voltaram para bordo n'um vapor da alfandega, cuja guarnição se poz á nossa disposição, rebocador este que foi d'um grande auxilio nas acções que se seguiram». Pouco depois, o Adamastor, sahindo de Alcantara, ia fundear proximo do S. Rafael, isto é, em frente do Terreiro do Paço.
A presença da artilharia no campo revoltoso, a immediata adhesão do «Adamastor» e do «S. Rafael» ao movimento, o bombardeamento do paço, a fuga do rei e a derrota das baterias de Queluz contribuiram innegavelmente, e em larga escala, para assegurar a victoria da Republica; mas, a par d'esses factores, não é licito esquecer a molleza, a inercia dos que constituiam o inimigo, uma e outra derivadas d'um scepticismo que a monarchia, sem dar por isso, inspirava desde muito aos proprios que a serviam.
No Porto, ouvi-o recitar o episodio do Adamastor, de Camões, e o Firmamento, de Soares de Passos. Em Lisboa vi-o n'uma reprise do Marquez de lá Seiglière, que foi o seu cavallo de batalha. Pertencia, como Theodorico, a essa illustre phalange de actores antigos capazes de investirem com a tragedia e com a epopea. Mas possuia, como Theodorico, os defeitos das suas qualidades.
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