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Onde as actas dos tres-estados que deram a um principe, que respeitamos porque é desgraçado e proscripto, o direito de usar na abrilada de poderes magestaticos, estando o soberano vivo? A necessidade? A salvação publica? Então concedei-nos tambem a nós o direito de vermos a necessidade e a salvação publica, na dictadura de D. Pedro.

Sir Charles Stuart partiu a 15 de Março de 1825 para Lisboa, onde Sir Edward Thornton fôra no decorrer do anno anterior e por motivo do papel preponderante que, devido a natural pusillanimidade, permittiu ao seu collega de França representar na Abrilada, substituido por Sir William A' Court, ao mesmo tempo que, para satisfazer uma pequena vaidade de D. João VI, era a missão elevada a embaixada, quando igual favor negava o Foreign Office á Hespanha.

Casos politicos de importancia um apenas alterou o monotono, mas agitado, duello do liberal contra a tyrannia. Em 1824 foi convidado pelo ministro dos negocios estrangeiros, marquez de Palmella, a ser o secretario particular, o collaborador dos seus notaveis actos diplomaticos. N'aquelle anno, operou D. Miguel o movimento de 30 d'abril, que ficou na historia conhecido pela Abrilada.

Amarrotou a Gazeta furioso, batendo com as costas da mão no artigo dos «tres estados», emquanto passeiava, declamando: Isto que ele fez agora, deitar a mão á corôa, o tentou por duas vezes em vida d'esse pobre diabo de D. João VI, combinado com a porca da mãe. Correu-lhe mal a coisa, teve que submetter-se na Villafrancada, e da Abrilada foi rebolindo de castigo para o extrangeiro.

Por meio d'essa expedição, ou do annuncio d'ella, imaginára Palmella, de ordinario tão sensato, mas talvez um instante desorientado com a volta ao poder depois da opera buffa da Abrilada, cujo ultimo acto se representára a bordo da Windsor Castle, apoiar o seu plano politico de fraccionar o Brazil em estados separadamente dependentes da metropole, assim lisonjeando o sentimento particularista que elle se habituára a ver tão cioso na Allemanha a Allemanha de Madame de Staël.

Depois da Abrilada as perseverantes intrigas francezas tinham movido D. João VI a reiterar o pedido do reforço militar britannico, com o fito occulto da parte dos que o instigavam a isto de, no caso de ser recusado o favor, demonstrar-se a Portugal o egoismo da sua alliada e justificar-se a installação de uma força franceza; emparelhando a Inglaterra, no caso de ser acceita a indicação, com as nações da Santa Alliança na sua politica commum de intervenção.

Estava coacto, sim, é a desculpa d'esses homens que para vergonha nossa ainda governam cidadãos livres como rebanhos de carneiros. Na Villafrancada e na Abrilada, D. João sexto e D. Miguel declararam-se mutuamente coactos e illudidos, para justificarem as traições e as perfidias em que se digladiava a real familia.

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