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Atualizado: 6 de junho de 2025
Sólo sagrado a Deus, podesse ao mundo O poeta fugir, cingir-se ao ermo, Qual ao freixo robusto a fragil hera, E a romagem do tumulo cumprindo, Só conhecer, ao despertar na morte, Essa vida sem mal, sem dôr, sem termo, Que íntima voz contínuo nos promette No transito chamado o viver do homem.
Quanto a vida lhes seria então suave e boa! Isto pensava, isto pensou durante alguns mezes sem se atrever a communical-o a Emilia. Temia a impressão que havia de lhe produzir a lembrança do abandono do amante, seu unico amparo, a sua unica alegria, d'ella que ninguem tinha no mundo, entregue ao marido que a desprezava, perdida no mais arido ermo de carinhos.
Surprehende-se uma pessoa a ser moça outra vez, moça e romanesca e a arranjar na phantasia uma existencia que quereria ter vivido alli, n'aquella paz tão proxima da infinda agitação, n'aquelle ermo tão chegado ao borburinho de uma vida em festa.
O convento-palacio, nascido sob manto de púrpura, alegre na sua juventude e habituado a pompas de longos annos, ahi está, illustre mendigo, assentado hoje n'um como ermo, onde a vida robusta de seculos que lhe fadára o fundador, se vai convertendo em antecipada decrepidez. Inutilmente com a sua grande voz de bronze elle pede que o abriguem das injurias das estacões.
«Mas nenhuma cousa ha n'este mundo em que se deva ninguem muito fiar; que aquela grande segurança em que Bimnarder estava, em lugar tam ermo, lhe não pôde durar, como agora vereis.» De como Lamentor casou Aonia com o filho de um cavaleiro seu comarcão, e do que Enis aconselhou a Aonia que fizesse
Estender para o amigo a mão mirrada, E elle negar a mão ao pobre amigo; Querer uni-lo ao seio descarnado, E elle fugir, temendo o seu perigo! E ver após um dia ainda cem dias, Nús d'esperança, ferteis de amargura; Soccorrer-me ao porvir, e acha-lo um ermo, E só, bem lá no extremo, a sepultura!
Dois filhos, amparo da sua velhice, orgulho da sua alma, ceifados em flôr seguiram a mãe, em quanto o ancião desgraçado, só e de joelhos não via a seu lado no desterro da vida, êrmo de consolações, senão a infancia fragil e graciosa de Silvaninha, duas vezes filha, por que duas vezes era o sangue do seu sangue.
Muito cedo a invocou e adorou, antes de a encontrar e possuir: «...........oh, dae-me um valle Onde haja o sol da minha patria, e a brisa Matutina e da tarde, e a vinha e o cedro, E a larangeira em flôr, e as harmonias Que a natureza em vozes mil murmura Na terra em que eu nasci, embora falte No concerto immortal a voz humana, Que um ermo assim povoará meus dias» .
Abysmo de emoção, em mim me perco! E minh'alma exaltada e comovida, D'este meu sêr trasborda e inunda tudo! Arde no fogo virgem das estrelas, Em cada humana lagrima scintila, Chora nas nuvens, no êrmo vento geme! E julgo haver, meu Deus, resuscitado Da morte que soffri para nascer!
Mas duas vezes ai delle, se na alma Não lhe soa uma voz pavorosa, Que o atterre, quando o ermo o rodêa, Ao passar da procella ruidosa!
Palavra Do Dia
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