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Acredita; tinha. Mas sempre na tua bocca a palavra vingança! Sempre essa palavra horrivel! Eu bem sei que todo o homem, que a sua patria invadida, precisa vingar-se a si, e a ella. Mas esse annel que não mais te deixou não era da patria... Falavas de tua irmã, tens-me falado sempre d'ella. Comprehendo como se possa amar uma irmã, que era boa, que era pura, e que foi morta injustamente.

Quem se não mostra, esquece, e eis-te chegado á idade de reappareceres homem de acção. Tens-me então estado a sonhar governador civil ou deputado... Não pelo desforço platonico de assumires sob essa forma a authoridade, mas principalmente porque estaria n'isso o começo de uma fortuna decisiva. Em dinheiro talvez? Que a final é tudo n'este mundo.

Tu tens-me feito o sangue de fel e vinagre por causa d'aquelle homem, que me ia roubando a tua estima, e a ti mesma te ia fazendo esquecer de quem és... Ora agora, filhinha, que essa tempestade passou, tu não me dirás que foi o que te moveu a gostar do tal Gomes?... Não te envergonhes, menina, que ninguem nos ouve... Elle não se inculcava sequer pessoa de bem; era um bacharelzito, um inimigo das nossas crenças politicas e religiosas; em quanto á figura, tudo n'elle é plebeu, trivial; mesmo em talento e instrucção, que o principe gabava muito, eu nunca lhe ouvi dizer cousa que admirasse a gente; emfim, queria eu que me tu dissesses por que amaste tal homem...

Tu puzeste em mim teus olhos, E eu fui pôr em Marcia os meus; Que me paga mil extremos, Assim como eu pago os teus; Marcia, que em alçando os olhos, Mil settas nesta alma crava; E em cuja caza tu tens A dita de ser escrava; Tens-me a mim por companheiro; Temos o mesmo Senhor; Tu, por cazos da fortuna, Eu, por castigo de Amor;

E como, graças a Deus, não estou na posição de me casar por necessidade, não quero sacrificar os longos annos que ainda me restam de vida, passando os ao lado de uma mulher, que nada tem a desejar, mas pela qual o meu coração não palpita de amor. O motivo é este, apenas este. Tens-me falado com seriedade em tudo isto? acudiu o conselheiro depois de alguns instantes de profunda reflexão.

Como hei-de eu atraiçoar-te, se não sei quem és? Pódes chamar-te Julia em vez de Henriqueta, que, nem por isso te fico conhecendo mais... Tudo mysterios! Tens-me, ha mais d'uma hora, n'um estado de tortura! Eu não sirvo para estas emboscadas... Diz-me quem é aquella mulher... Não viste que é D. Elisa Pimentel, filha do visconde do Prado? Não a conhecia... Então que mais queres que eu te diga?

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