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«Tenho a satisfação de saber que chegaste á florida idade dos quarenta, sem que uma petala se haja fenecido na tua grinalda de virgem. Em meio d'esta fornalha de Babylonia, portaste-te como verdadeira salamandra. Era grande o meu jubilo quando te via chegar a caza em mangas de camiza, e, rosado de pejo, me dizias que mulher de Pharaó te despira o fraque!

Além da caverna a noite negrejava calada e erma de estrellas. Poude o pastor arrastar-se até o limiar e o seu corpo, esgueirando-se, refulgia como o de uma salamandra. Tremulo, chegou á entrada, respirando, a largos sorvos, o ar frio que vinha dos outeiros. Levantou o olhar e recuou espavorido.

Ou a matrona envolvida na sua virtude como n'uma couraça, temivel, assanhadiça, formidavel, imaginando merecer todas as homenagens do esposo, porque afugenta com medonho aspecto as homenagens de todos os outros; ou então a mulher dos salões, a flôr exotica das nossas estufas mundanas, Salamandra que vive no fogo, Ninon de biscuit que se compraz nas adorações que provoca e que inspira, infativel actriz que á luz da ribalta sabe desenvolver e manifestar todos os seus recursos.

No céo da Renascença azul e ouro, é Diana quem desponta... A Salamandra, emblema e symbolo do rei que arde continuamente na flamma impura do desejo, sem jámais chegar a consumir-se, é substituida pela inicial de Henrique enlaçada por dois crescentes symbolicos, e esta data assim poeticamente indicada vale para a posteridade muito mais que a mais rigorosa chronologia marcada pelos sabios.

Viva o Mestre de Aviz! gritou o mancebo quasi ao mesmo tempo que lhe fugia a escada debaixo dos pés, deixando-o suspenso das ameias e estribado em uma enorme salamandra de granito, que servia de goteira ao eirado. Ahi vem ginetes, disse Pedro Choca, fazendo um esgar. Recommendemos a alma a Deus!

O millionario, filho do João da Thereza, levou-me á casa da ceia, e serviu-me tres copos de um vinho que tinha um nome barbaro. Abrazou-me as arterias; mas a minha raiva medrava nas chammas como a salamandra. Tornei ás salas, encontrei Francisca da Cunha pelo braço do linheiro das Hortas; parei diante d'elles, e disse, com a solemnidade do estilo: Boccacio e Fiammentta! Bettina e Goethe!

Sim! de certo, respondeu Miguel que o estava examinando como artista. Sinto unicamente que não tenha as fórmas mais esbeltas e ligeiras, o cone mais gracioso; deviam ter-lhe posto como remate um florão de ornatos de metal lavrado, com uma chimera, por exemplo, uma carranca, ou uma salamandra a saír do fogo com as azas desdobradas e as fauces abertas...

Outro, que no beber lançava a barra inda mais além que os acima escritos, tirou por divisa huma salamandra, passeando por cima de humas brazas de fogo; e a letra dizia: En el fuego vivo yo. Mas o pintor errando as letras, acertou de pôr: De fuego la bebo yo. Donde os praguentos quizerão adivinhar que este galante bebia Orraca de fogo. O demonio foi fazer tal êrro, para delle sahir tamanho acêrto.

Eil-a! disse o medico ao entrar. Eil-a, a esta salamandra que atravessou impunemente as chammas! Infeliz da salamandra, respondeu Laura, que ficaria frita como uma carpa se não tivesse quem a ajudasse. Vejamos o pulso. Sabe que vim ás oito horas da manhã? Sei. Como me disseram que dormia, cedi o logar ao melhor dos medicos, o somno. consegui adormecer ás seis horas da madrugada. Pudera!

O coração vivia com centenares de cabeças como a hydra. O coração é a salamandra de seus proprios incendios; lacera-se, como o pelicano; de cada golpeada tira golfos de sangue, e n'este sangue medram esperanças, cada dia mais infernadas.

Palavra Do Dia

dormitavam

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