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Guiei-me sempre por este principio: e conto que o bom Deus, um dia, me dirá em cima «Fizeste bem, QuartelmarEste mundo, meus amigos, é aspero de atravessar: e os destinos violentos impõem-se por vezes com uma logica inexoravel. Aqui estou eu, homem ordeiro, timido, bonacheirão, que, constantemente, desde creança, me acho envolvido em carnificinas! Felizmente nunca roubei.

Pois bem, descobrir meu irmão passou a ser a minha idéa constante, dia e noite. Mandei fazer aqui, no Cabo, toda a sorte de pesquizas. Um dos resultados, o mais importante, foi a sua carta, snr. Quartelmar. Importante porque me dava a certeza que, mezes antes, meu irmão estava na Africa, e vivo. Desde esse momento decidi vir eu mesmo, pessoalmente, continuar as pesquizas.

O barão atalhou gravemente: Toda a palavra do snr. Quartelmar é coisa séria, e como tal a tomamos. Durante um momento ficámos calados. Eu serenei. Por fim o barão, que dera sobre o tapete do beliche alguns passos pensativos, parou diante de mim: E meu irmão? Como soube o snr. Quartelmar que meu irmão tentou tambem essa jornada ás minas?

Se a ferida se apresenta curavel, o soldado é besuntado com os unguentos nativos, e isolado nas senzalas. Se a ferida é incuravel ou muito grave, o cirurgião, com uma lanceta, corta subtilmente uma arteria do homem, que expira em poucos instantes sem soffrer. Ainda bem que chega, Quartelmar! gritou o barão. Eu não posso comprehender o que quer esta gente... Parece que vamos ser cercados!

Quartelmar, eu comportei-me para com meu irmão da maneira mais injusta! Foi sob o impulso do despeito, da cólera, é certo... Mas em summa comportei-me injustamente. Cruelmente, murmurou do lado o capitão John, que fumava com os olhos cerrados.

Agentes, por mais dedicados, mais bem pagos, não têm o interesse de coração: é com o coração justamente que eu conto, com a perspicacia, a inspiração especial que elle ás vezes possue. De resto sempre tencionei visitar as nossas colonias d'Africa... E aqui tem o snr. Quartelmar a minha historia.

Barão, disse eu de repente, dando voz a estes pensamentos, sinto-me n'um lamentavel estado de atrapalhação e de medo. O amigo Quartelmar costuma sempre queixar-se...

Quartelmar não sabe quaes fossem as razões que levavam assim esse sujeito Neville para o norte?... Não sabe qual era o fim da jornada? Ouvi alguma coisa a esse respeito, murmurei. E calei-me prudentemente, porque nos iamos avisinhando d'um ponto em que, por motivos antigos e graves, eu não desejava bolir. O barão voltou-se para o seu companheiro, como para o consultar.

O outro, por entre a fumaraça do cachimbo, baixou a cabeça, n'um sim mudo. Então o meu homemzarrão, decidido, abriu os braços, desabafou: Snr. Quartelmar, vou-lhe fazer uma confidencia! Vou-lhe mesmo pedir o seu conselho, e talvez o seu auxilio... O agente que me remetteu a sua carta afiançou-me que eu podia confiar absolutamente no snr.

Que horas são, Quartelmar? perguntou o barão. Tirei o relogio. Eram seis horas. Tinhamos entrado ás onze na caverna. Infandós ha de dar pela nossa falta, lembrei eu. Se nos não vir voltar esta noite, decerto nos vem procurar... E então? exclamou o barão. De que serve? Infandós não conhece o segredo da porta, ninguem o conhecia senão Gagula. Ainda que conhecesse a porta, não a podia arrombar.

Palavra Do Dia

resado

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