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Atualizado: 3 de junho de 2025
Adeus a todos n'esta vida!» Quando acabei, os dois amigos olhavam para mim, mudos de espanto. Por fim o capitão, com o leve suspiro de quem repousa d'uma prolongada emoção, bebeu um trago de grog e mais sereno: O nosso amigo o snr. Quartelmar não nos tem estado a intrujar?
Quartelmar, que é um homem de bem, discreto como poucos, e respeitado como nenhum em toda a colonia do Natal. Dei um sorvo tremendo ao cognac, para esconder o meu embaraço porque sou extremamente modesto. Snr. Quartelmar, concluiu o barão, esse sujeito chamado Neville era meu irmão. Ah! exclamei. Com effeito! Agora, agora recordava eu bem com quem o barão se parecia! Era com esse Neville.
Quartelmar que esse sujeito Neville partira de Bamanguato, no principio de maio, n'um carrão, com um serviçal e um caçador cafre chamado Jim, tencionando puxar até Inyati, ultima estação na terra dos Matabeles, para de lá seguir a pé, depois de vender o carrão. O snr. Quartelmar accrescentava que o carrão decerto o vendera elle, porque seis mezes depois vira-o em poder d'um portuguez.
E por outro lado a nossa questão, assim amarga e aspera por sermos ambos muito novos e muito exaltados, nasceu de quê? D'uma mulher. D'uma mulher cujo nome já quasi me esqueceu. E meu pobre irmão, coitado, se ainda é vivo, não se lembrará mais que eu. Ora aqui tem! E já por isto o snr. Quartelmar comprehende... Perfeitamente, perfeitamente...
Passaram tres annos. Noticias d'elle, nenhumas. Comecei a andar inquieto. Escrevi-lhe. Naturalmente as minhas cartas não lhe chegaram. E eu cada dia mais afflicto! Para o snr. Quartelmar comprehender tudo bem, deve saber que, desde pequeno, desde o berço, meu irmão foi a forte e grande affeição da minha vida.
Cruelmente, com effeito. Como o snr. Quartelmar sabe, em Inglaterra, quando um homem morre sem testamento e não tem senão bens de raiz, tudo passa para o filho mais velho. Ora succedeu que meu pai morreu exactamente quando meu irmão Jorge e eu estavamos assim de mal. Herdei tudo; e meu irmão, que não tinha profissão, nem habilitações, ficou sem real. O meu dever, está claro, era crear-lhe uma situação independente.
Mas essas pedras brancas que reluzem, e que vós amaes, se, como rei, eu as vier a possuir, podereis leval-as, tantas quantas quizerdes... Basta isto? Traduzi de novo aos meus amigos esta deslumbrante offerta. O barão franziu o sobr'olho: Quartelmar, diga-lhe que um inglez não se vende por diamantes.
Em todo o caso o meu dever, desde que me impuz esta tarefa, é tomar o caminho que meu irmão tomou. E agora pergunto eu: quer o snr. Quartelmar vir commigo?
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