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Quiz fazer divagar a sua imaginação de poeta pelos desertos onde os monges vivem penitentes e castos, e pelas cidades douradas e luxuosas onde as actrizes bebem em taças de crystal as perolas diluidas de uma adoração voluptuosa. Quiz levar-nos ao banquete do opulento pagador das esquadras de Alexandria, onde philosophos e poetas discreteiam com a elegancia e o requinte da civilisação de Bysancio.

A Rufina dirigiu-se logo ao piano e a Therezinha, morta por cantar, começou a fazer caretas e a desculpar-se, que estava sem voz, que não se sentia bôa da garganta, que hoje não, para outra vez cantaria. Mas o Belchior e o Custodio insistiram, que cantasse, que eram desculpas de mau pagador, que quem tinha uma voz tão bonita não devia ser tão avara do seu thesouro.

O negociante ia recebendo e alinhando sobre o balcão conforme vinham minando da mão do pagador, e quando estavam todas disse, entre risonho e desconfiado:

Falso desamor S'encerra naquelle Que hum real me deve. Pedio-mo emprestado, Não lhe quiz penhor: He mao pagador; Tendo-mo afferrado. C'hum cordel atado, Ao Tronco se leve; Que hum real me deve. Por esta travéssa Se vai acolhendo: Ei-lo vai correndo, Fugindo a grã pressa. Nesta mão, e nessa O falso se atreve, Que hum real me deve.

O Ricardo Noronha... V. Ex.^a conhece. O pagador das Obras-Publicas! Ah! sim, sim... Então transferido? Transferido arbitrariamente? Na rua das Brocas por onde desciam, no silencio, a solidão das lojas cerradas, a colera do Guedes resoou, mais solta: Infamemente, Snr. Gonçalo Mendes Ramires, infamissimamente!

Sob os dedos de Gracinha o Fado dos Ramires esmoreceu, apenas roçado, n'um murmurio incerto. O Barrôlo esperava, esgaseado: Desembucha! E Gonçalo desabafou, com estrondo: Pois uma maroteira immensa, homem! O Noronha, o pobre Noronha, perseguido, espesinhado, expulso! Com a familia... Para o inferno, para o Algarve! O Noronha pagador? O Noronha pagador. Foi o infeliz pagador que pagou!

Você o vinho renega!... Lingua de mau pagador! O vinho é caro. A cacháça Custa agora... Isso que monta! O sol dá-o Deus de graça!... Mas beba vinho com conta! Eu nunca fui borracho. Nanja eu. Mas acho-o bom. Diz um cacho a outro cacho: Não bebas sem tom nem som! E n'esta mansa folia Vão-se aquecendo os trez velhos Ao doce sol do meio dia, Rijos, sêcos e vermelhos.

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