United States or Marshall Islands ? Vote for the TOP Country of the Week !


Disse que o valle do Mussapa é uma planicie bastante larga; pareceu-me, pelo exame que fui fazendo de varios pontos do meu itinerario, que em parte seguindo este valle e ao sul do macisso de montanhas que separa o Mussapa do Revue, ha uma facha de terreno plano que sobe gradualmente para o interior, que passa não muito longe da povoação de Murinane, que passará junto á base das montanhas do Bandire e continua na direcção de Manica, cujas serras eu distinctamente via n'esta direcção.

O segundo, que parece proprio para o assentamento de uma linha ferrea, e que agora indico como nota que possa vir a ser util para algum trabalho futuro, seria o que partisse do fundo do que dizem ser o excellente porto a que ha pouco me referia, formado por traz da ilha Boene, ou da margem esquerda do rio ou braço de mar denominado Mutizane, seguisse pelos terrenos planos do baixo Quiteve, atravessasse o Busi, talvez nas proximidades do arco Inhambimbe, ou foz do Lusite, e seguisse pelos valles e margens esquerdas dos rios Mufomose e Mussapa, passando junto ao Bandire até Manica.

Não vi se, para jusante da foz do Mussapa, na pouca extensão da margem esquerda do Mufomose e do Lusito que ainda segue até ao Busi, e em toda a margem esquerda d'este rio, desde a foz do Lusite até á costa, ha ou não muitas povoações de landins.

Ao Revue seguem-se, na direcção que eu percorria, successivamente o Mussapa e o Mufomose. Atravessei os dois rios seguidamente na altura da confluencia do primeiro no segundo. O Mussapa tem uns 30 metros de largura de agua e o Mufomose uns 60 metros; quando os passei, na ida, tinha o primeiro 5 pés de agua e o segundo 10 pés.

As povoações landinas da margem esquerda do Mussapa são muito poucas e formam, como testas de ponte para as densas povoações da outra margem; o territorio de Bandire é nosso, e o regulo Murinane e outros da margem direita do Revue, apesar de obedecerem hoje aos landins e de deverem marchar contra nós, se a isso forem forçados, muito prefeririam estar sujeitos directamente e á soberania portuguesa.

O chefe do Zauve é o regulo Murinane, que foi antigamente de grande importancia; apesar de se vestir como os outros pretos, de como elles se sentar no chão, ainda se apresenta com uma certa grandeza comparado com todos os mais chefes que eu vi. D'este regulo recebi muitas informações ácerca das minas, que estão situadas nas montanhas do Bandire, tanto na vertente do Revue como na do Mussapa.

Cruzando o caminho, e sem necessidade de menor pesquiza vêem-se duzias de grandes filões de quartzo, havendo probabilidades de que muitos d'elles sejam auriferos. Toda esta região entre o Revue e o Mussapa fazia parte do alto Quiteve.

O elevado macisso de montanhas que ha entre o Revue e o Mussapa desce rapidamente do lado d'este ultimo rio, cujo valle é uma larga planicie verdejante, sem quasi arvore alguma, na qual serpenteia de um e outro lado o leito do rio. N'este valle muito cultivado ha algumas povoações de landins com o caracteristico bode ou rodella de cêra preta na cabeça.

Terreno muito elevado e accidentado, coberto de um a outro rio por continua e densa floresta. Passei a garganta da divisoria, que fica muito mais proxima do Mussapa que do Revue, n'uma altitude de 2:230 pés, mas no seguimento do caminho, subindo e descendo sempre, attingi varias vezes altitudes não muito inferiores a este maximo.

No quinto dia ficam os pretos na margem do rio Musa, affluente do rio Chimesa, que é affluente do rio Revue. N'este ponto da margem do Musa disseram-me, que havia ainda hoje ruinas de um antigo forte, muralhas de altura de homem e vestigios de importantes trabalhos de minas. A antiga villa e feira de Manica fica a poucas horas de caminho do rio Musa. Entre o Revue e o rio Mussapa

Palavra Do Dia

vagabunda

Outros Procurando