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Responde a quanta pergunta lhe dirigem sem ter necessidade de remexer as algibeiras á procura de palavras. Está toda ella a tremer com o sentido na Zina, e muito admirada por esta não sair da sala, conforme é seu costume em taes occasiões. Notam tambem a presença de Aphanassi Matveich. Por via de regra fazem escarneo d'elle para melindrarem Maria Alexandrovna na pessoa do marido.

Outro qualquer no teu logar tinha lavado com sangue o ultraje que nos estão fazendo! Minha esposa! enceta com solemnidade Aphanassi Matveich, lisonjeado por ver que se lembram delle, minha esposa! não seria sonho, effectivamente? E depois, tu, ao acordar, ficares suppondo que era verdadeiro... Aphanassi Matveich, nem tempo tem de concluir a sua espirituosa interpretação.

Ah! principe,... isso pelos modos ha de ser: o Marido por fóra, e a mulher em Tvor, o tal vaudeville, que uma companhia ambulante representou em casa o anno passado? Está c... claro, em Tvor, e... eu... sempre a esqué... quécer-me! Encantado, encantado! Com que, então, é o senhor? Quanto estimo conhecêl-o! diz o principe sem se erguer da cadeira, de mão estendida para Aphanassi Matveich.

Sente que precisa de desabafar a colera na pessoa de Aphanassi Matveich, visto como a sua habitual tirannia desandou para si em necessidade. E depois, toda a gente sabe o acervo de inopinadas grosserias de que são capazes, longe das vistas dos mirones, uns certos entes delicados e pechósos da sociedade mais graúda.

Dissémos que, n'aquella mesma manhã, emquanto ella andava em procura do principe, por todos os cantos da cidade, havia accudido á mente de Maria Alexandrovna um alvitre genial: era o confiscar por sua vez o principe quanto antes, e pregar com elle no campo; n'aquella aldeia onde floria em paz o beatifico Aphanassi Matveich. Ia pois realizar aquella sua inspiração.

Ouviste? Sobem para a carruagem. Aphanassi Matveich está com uma cara espantada. Maria Alexandrovna voltas ao miolo para lhe encasquetar na cabeça e na memoria as recommendações mais essenciaes, elle, porém, interrompe-lhe as suas cogitações. Maria Alexandrovna, eu esta noite tive um sonho tão exquisito, diz, após breve silencio. Ápre! Manequim de uma figa!

Maria Alexandrovna fez, pois, muito bem em exilar Aphanassi Matveich para a aldeia de cento e vinte almas que ella possuia a tres verstas de Mordassov. E de caminho, digamos que a dita propriedade representava a totalidade dos bens facultando a Maria Alexandrovna o custear tão bem, e com tamanho estadão, a sua casa.

Informado por um lacaio de que Maria Alexandrovna tinha carregado com Aphanassi Matveich do campo, de gravata branca, que o principe está acordado, mas que ainda não desceu do quarto, Pavel Alexandrovitch, sem dizer palavra, vae acima ter com o tio.

A raciocinar por esta forma, Maria Alexandrovna tudo é olhar pela vidraça do trem e atiçar o cocheiro. Voam os cavallos, e ella a achar que se não mexem. Aphanassi Matveich, alapardado a um canto, a repetir mentalmente a lição. Até que emfim a carruagem alcança a casa de Maria Alexandrovna!

E por largo espaço, n'aquelle campo branco de neve, foi perfilando aquelle seu vulto negro, lento e majestoso, o carro melancólico. D'ali a oito dias, Maria Alexandrovna, com a filha e Aphanassi Matveich, transferiu-se para Moscou. A aldeia e a casa foram postas em leilão. E assim perdeu para sempre Mordassov uma senhora, o mais comme il faut possivel!

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