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Aguenta-se na vida com muleta de pedra e cal! Aquelle está por tal modo aferrado a manias que chega ás vezes a parecer criminoso, e sente que cabo da intelligencia quebrando-lhe os raios com o fechal-a no ciclo estreito e febril dos medos e das apprehensões.

He tudo enthusiasmo, e parvoice, Desconcertos nascidos da doudice: E nas varias manias, que contém, Assenta cada qual que assim vai bem. Mas se viver por gosto assim pertendem, Que nem huns aos outros bem se entendem, Vão vivendo, que as cousas deste mundo Humas ficão em cima, outras no fundo; Porque a razão nos mostra, e nos ensina Que tudo toca a meta, e então declina.

Entre outras manias tinha a de se proclamar «um ignorante sublime», como Shakspeare, e fazia profissão do desprezo pelos sabios: «Elles, dizia, entretem-se a marcar os pontos, e nós é que jogâmos a partida».

Magdalena, receiando que a ironia dos commentarios de Henrique acabasse por irritar o velho, perguntou a este: Parece-lhe que terá cura a doença? Pode ter; mais rebeldes melancolias se curam. Este é divertido a final. Umh!... Mas contra tristezas e manias não ha como as folhas de ouro em caldo de frangão com flores de borragem e de herva cidreira.

Mas, se entre os consocios de uma patria irman, se entre os herdeiros de uma historia commum, ha o amor por essa patria e a veneração pelos antepassados, nenhum merece na alma dos portuguezes respeito maior, do que o primeiro de todos aquelles a cujo braço esforçado se deve a obra da constituição politica da nação. N'este sentido as manias chegam a ser sublimes.

Aquelles salões desertos hão de ser povoados de estatuas, quando as cangas de sabios que hoje lavram os baldios da sciencia, se foram a pascer nos almargens da immortalidade. Medita a geração nova no modo de os entrajar, pois que a funeral casaca destôa das arrojadas manias e sabenças de cada sujeito.

Se formos a observar, em quasi tudo conforme as épocas e as manias ha «coisa » e em tudo a «coisa » póde ser evitada ou combatida.

Está a «coisa » nos olhos, no feitio, na luz e influencia d'elles; e a gente deixa-se levar de apprehensões, de inquietações, a recear de tudo, e a querer saber, a querer explicar... Por isso faziam bem os egypcios, nunca houve povo com mais juizo! que cortavam as curiosidades e as manias com a religião, e fizeram da noite origem de tudo quanto ha, mundo, estrellas, soes, divindades. Noite.

Julio Machado escreve ainda no seu ultimo e interessante livro Da loucura e das manias em Portugal, fallando dos doudos de Rilhafolles: « esteve um, famoso e illustre, o mestre do folhetim em Portugal, e sua esposa alli foi todos os dias vêl-o e fazer-lhe companhia, colhendo no céo a palma do combate terrestre e vendo sorrir-se para ella e abraçal-a meigamente aquelle ente querido, que havia representado um dos primeiros talentos d'esta terra, e que parecia, lucidamente, dizer-lhe com a vista que deve um dia ser feliz na eternidade a alma que n'esta vida teve dedicação pelo infortunio

O senhor parocho entrava pela cozinha do lado da sacristia, a menina vinha pela porta da rua: subiam, fechavam-se no quarto... E ella que faz, a Tótó? perguntou o padre Amaro, hesitando ainda. Coitadita, para alli estava... Tinha manias: ora fazia bonecas e apaixonava-se por ellas a ponto de ter febre; outros dias passava-os n'um silencio medonho com os olhos cravados na parede.

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