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Silvestre de S. Martinho, o filho do Faisca, não usava dos paternos appellidos: do pai aproveitára sómente a casa, transigindo com a honra o necessario sem prejuizo seu. Apossado da casa, deu-lhe um geito para poder habital-a, e pendurou meia duzia de foguetes e bombas reaes á porta. Era habilidoso, principalmente para as bonecas de polvora.

Nas cidades, aquellas figuras graves e sérias com os seus habitos tallares, quasi todos picturescos e alguns elegantes, atravessando as multidões de macacos e bonecas de casaquinha esguia e chapelinho de alcatruz que distinguem a peralvilha raça europea cortavam a monotonia do ridiculo e davam physionomia á população.

Chamava então as pequenas da minha idade e brincavamos ás dônas de casa: improvisando os nossos lares em qualquer recanto do jardim, servindo de baixela fragmentos de loiça, cosinhando pétalas de flôres e hervas que tinhamos mais á mão; indo ao tanque lavar a roupa das bonecas, as nossas filhas; carregando a agua com a cantarinha em equilibrio sobre a rodilha, no alto da cabeça; tendo as nossas disputas e conversas como viamos ás senhoras visinhas, no povo.

apanha ar num jardim de bonecas, do tamanho do Constitucional desdobrado... e isso porque o proprietário lho permite de graça... Até causa !... E ela? insistiu André.

Amaro não deixava coisas queridas: vinha da brutalidade do tio, do rosto enfastiado da tia coberto de d'arroz; mas insensivelmente poz-se tambem a ter saudades dos seus passeios aos domingos, da claridade do gaz e das voltas da escóla com os livros n'uma correia, quando parava encostado á vitrina das lojas a contemplar a nudez das bonecas!

Que contraste com os olhares de cubiça, com que outras raparigas da mesma idade namoravam uma d'estas bonecas de cabeça de panno, horrivel artefacto portuguez, em que os olhos são representados por dois pontos de linha azul, o nariz por um alinhavo de retroz cor de rosa, a boca por outro de fio vermelho, e os cabellos por flocos de preta!

O senhor parocho entrava pela cozinha do lado da sacristia, a menina vinha pela porta da rua: subiam, fechavam-se no quarto... E ella que faz, a Tótó? perguntou o padre Amaro, hesitando ainda. Coitadita, para alli estava... Tinha manias: ora fazia bonecas e apaixonava-se por ellas a ponto de ter febre; outros dias passava-os n'um silencio medonho com os olhos cravados na parede.

Sim, tornou ella com o coração a bater-lhe violentamente, córada até á raíz dos cabellos, mas resoluta, quiz-te mostrar que passou para mim o tempo das bonecas, e que o que me preoccupa o coração e o espirito não são as puerilidades dos nossos brinquedos de outr'ora, mas os affectos e as paixões da mulher. Henrique apertou-lhe docemente a mão.

Mas não era tudo tão bonito no quarto; as bonecas estavam no chão, e uma das meninas estava a chorar e a gritar; tinha deixado de noite as bonecas no chão e a porta do quarto aberta; a gata tinha entrado, tinha brincado com a boneca, e rasgou-lhe os vestidos de sêda e estragou-lhe as côres. A culpa é tua, gritou um dos meninos, porque não pozeste as cousas em ordem.

Olha, sabes que mais, Leonorsinha? tornou Henrique bruscamente, occupa-te das tuas bonecas. A pobre senhora sentiu a dôr profunda do golpe. Recuou um passo, levou a mão ao coração, e marejaram-lhe nos olhos duas lagrimas. Perdão, menina, acudiu Henrique, caindo em si. Estás perdoado, respondeu Leonor com voz fraca, mas... mas como tu a amas! Saiu.