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Consolidada a posse da capital, no coração da India, Albuquerque voltou-se rapido para as duas emprezas que rematariam o seu imperio: Malaka e Hormuz. Embarcou, logo no principio de 511, e tocando em Ceylão, a terra encantada das pedras preciosas, delicias do mundo, patria da canella e das perolas, achamol-o, em maio, em frente de Malaka, no extremo Oriente.

Albuquerque em Hormuz, em Goa, em Malaka, assentou na terra firme os limites do imperio que para o seu antecessor devia vogar fluctuante sobre as ondas. Estadista e geographo, D. Francisco d'Almeida era ao mesmo tempo um mercador cuidadoso e até habil.

Alexandre mimoseava os litteratos de Athenas para que o exaltassem: Albuquerque mandava anneis de pedras preciosas ao chronista Ruy de Pina «para escrever com melhor vontade os memoraveis feitos da India». De volta de Hormuz a Goa morreu na viagem: a morte salvava-o, como fizera a D. Francisco de Almeida, dos ferros que tinham servido a Duarte Pacheco.

Além d'estas tentações maritimas, havia a ambição do Oriente e do seu commercio, accendida em toda a Europa pelas Cruzadas; e mais particularmente na Hespanha, pelo contacto intimo em que a occupação arabe a puzera com os monopolisadores d'esse commercio, durante a Edade-média. Hormuz era o emporio mercantil de todos os mercadas do oceano indico.

Houve grumete que matou assim oitenta mouros. E emquanto a armada de Hormuz e as tropas do sultão eram chacinadas, desmanchava-se o lançol de barcos como uma teia cujas malhas se soltam. Havia correrias sobre as ondas, e de espaço a espaço o mar sorvia uma atalaia com a gente e as armas.

Além do mais, os queixosos reclamavam a metade dos 20:000 xerafins pagos pelo de Hormuz, que, esperançado n'estas desordens, confiado em promessas de sedição, e nos auxilios que o persa lhe enviava, ousou romper as hostilidades. Albuquerque estava n'um serio perigo, e outro qualquer perder-se-hia.

Contra o arroz e os pannos que levavam, os commerciantes traziam de Hormuz as tamaras, o sal das suas collinas coloridas, as passas, o enxofre e o aljofar grosso, muito procurado em Narsinga. A cidade era em si pequena, mas um brinco. Era uma terra de luxo e prazer, uma côrte de mercadores.

Outro Alexandre em Persepolis, o heroe condemnou-se em Hormuz: a grandeza das suas façanhas tinha-lhe feito nascer um orgulho, que não distinguia o bem do mal.

E o soldão persa, afflicto, não sabia de que modo receber a visita de Albuquerque e dos seus navios, que estavam, terriveis mas quietos como um volcão em paz, fundeados no meio do porto, entre os galeões de Hormuz.

Logo que as velas de Tristão da Cunha desappareceram, na sua viagem para a India, Albuquerque largou de Sokotra para a costa da Arabia, ao longo da qual foi subindo vagarosamente, assolando tudo. Formára o plano de começar por Hormuz as suas conquistas, marcando primeiro o limite por norte e occidente, para mais tarde ir ao oriente, pôr em Malaka o extremo do seu imperio.

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