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Será, mas... mas para isso não se admitte A apparencia do arranjo, que transmitte Não sei que, de completa opposição Á anarchia da nossa profissão; E eu sinto que d'instante para instante O esp'rito se consulta, inquietante, Na atmosphera que aqui dentro respiro... Diga? Diga? Onde estou eu?!... Henrique

Não revolvo a Real Genealogia De Henrique, e de Fernando; Os sãos louvores deste grande dia De ti mesmo tirando, louvarei com paternaes façanhas Quem seu nome dever a mãos estranhas. Vias correr teus dias socegados­ Nutrindo esse alto esp'rito No que ficou dos seculos dourados Em prosa, ou verso escrito; Recolhendo na próvida memoria De estranhos Reis, e de teus Reis a historia.

Como queres que negue a teu esp'rito, Branca, serva da branca Virgem pura, Mostrar o que me pedes por escripto? Não sei eu por qual outra creatura Os tristes versos meus desenterrara Debaixo de tão alta sepultura. Mas pois de branca queres fazer clara, Aquella luz Divina te esclareça, Que nunca a bons desejos desampara.

Com que então, meu filho? E esta?! se a este lar se , faculta e presta O mysierio da tal santa doutrina! Talvez! Talvez que a Graça, a obra Divina, Por aqui estendesse o puro manto, E que depois, p'lo dom do Esp'rito Santo, Eu tambem seja pae?! Talvez, talvez O mysterio julgasse pôr-me aos pés O filho que me indica, não é assim?... Ora vamos senhora!

Porque bastava vinho infinito, Que não ha nem gota na companhia, Que é tal, e no beber tem tal esp'rito, Que inda um Tejo de vinho esgotaria. Se as vasilhas quer ver como tem dito, Cumprido esse desejo te seria: Vasias as verás, que eu me obrigo Que sempre assi 'starão, s'imos comtigo.

O monge de Cistér responde pelas mesmas rimas: Maçarico dos charcos de el-rei Pluto, Que taes marmanjarias has escripto, Que ao douto frei Bernardo ou Bruto ou Brito Picas com bico infame, sujo e bruto; Jámais será de Ignez o pranto enxuto, Pois a fazes mais quartos que um cabrito, Dizendo que nas mãos deu o esp'rito De Coelho matador, sagaz e astuto.

Homem! mendigo do Infinito! Abres a bocca e estendes os teus braços A vêr se os astros cáem dos espaços A encher o vacuo immenso do finito! Porque sóbes á rocha de granito? Porque é que dás no ár tantos abraços? E cuidas amarrar com ferreos laços Um reflexo da sombra de um esp'rito? que o céo, por escarneo, a luz nos lança! Que, á tua voz, a voz da immensidão Responde com immensa gargalhada!

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