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Homem! mendigo do Infinito! Abres a bocca e estendes os teus braços A vêr se os astros cáem dos espaços A encher o vacuo immenso do finito! Porque sóbes á rocha de granito? Porque é que dás no ár tantos abraços? E cuidas amarrar com ferreos laços Um reflexo da sombra de um esp'rito? que o céo, por escarneo, a luz nos lança! Que, á tua voz, a voz da immensidão Responde com immensa gargalhada!

São ellas mães, são esposas, E recordando os carinhos Que tiveram seus filhinhos, Não podem ver pobresinhos Sem amor, sem lar, sem pão! No berço desfolham rosas, Onde espinhos havia, E o sol de pura alegria, de affectos alumia, Dos orfãos o coração. Salve pois, oh Caridade! Que assim abres o teu seio, Áquelle que sem esteio, Á luz d'este mundo veiu Para viver na afflicção.

O que eu não sei principiou ella é como o primo Henrique de Souzellas... Onze! atalhou a morgadinha, sem desviar os olhos do ponto da perspectiva, que fitava. Onze quê? perguntou Christina, erguendo os d'ella. Com esta são onze as vezes que, esta tarde, depois de um longo silencio, abres a bôca para me falares no primo Henrique de Souzellas, uma vez que está decidido que seja primo.

"Ah, sim, eu desconheço-me! Não sou Quem fui! Não sou a Morte: sou o Amor. Que é da morte que fui? Onde está ela? "Ó Loucura magnifica! Delirio! Ó Vida que as estrelas incendeias E abres, falando, ouvidos nos rochedos! Deus é o Doido suprêmo! Olhae a terra Inda mostrando a sombra desvairada Desse antigo e divino Pesadêlo: Assim a pedra rustica dum lar Mostra a amorosa mão que a trabalhou.

E tu, ó espirito lucido e malicioso, que tens graça, que tens alegria, que dás colorido e relevo ás mais relamborias semsaborias, tu que és a animação e a vida, que desembotas o paladar e abres o apetite, tu nascerias pimento.