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Plymouth Setembro de 1831. *A Tempestade.* Alma affinada pelas harpas de anjos; Rei das canções entenderás meu hymno! O Auctor. A Tempestade. Sibilla o vento: os torreões de nuvens Pesam nos densos ares: Ruge ao largo a procella, e encurva as ondas Pela extensão dos mares: A immensa vaga ao longe vem correndo, Em seu terror involta; E, d'entre as sombras, rapidas centelhas A tompestade sólta.
Therezinha! adorada flôr escondida entre as estevas dos nossos montes, que ninguem conhece, que ninguem viu, de quem ninguem se occupa, e que no emtanto inundas ineffavelmente a minha mocidade e a minha vida com o sagrado perfume de um amor casto, puro, imperturbavel e calmo como a luz das estrellas. Se tu as entenderás, minha innocente amiga, estas palavras!
Vejo que me roubou fortuna escura Hum bem por quem meu mal me contentava: Lembra-te tu de tanta desventura. Lembra-te tu, que só de ti'sperava Remedio aos males meus; e então verás Qual ficou quem em ti só confiava. Lembre-te adonde estou, adonde estás, E que tudo sem ti cá m'aborrece: Dest'arte o estado meu entenderás.
Virgem, ao que assim passa Por meio do existir, Calcando os frios restos Do crer e do sentir, Não peças te revele Sua alma na poesia, E dê aos pensamentos O encanto da harmonia; Porque lá, nesse abysmo, Não resta uma illusão: Só ha perpetua noite, E injuria e maldicção. Não entenderas, virgem Ainda innocente e pura, O canto que surgira Dessa alma gasta e escura.
Palavra Do Dia
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