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Uma manhã avista-se Candahar ou Ghasnat; e n'um momento, é aniquilado, disperso no da planicie, o pobre exercito afghan com as suas cimitarras de melodrama e as suas veneraveis colubrinas do modelo das que outr'ora fizeram fogo em Diu. Ghasnat está livre! Candahar está livre! Hurrah!

N'esse momento a violencia do seu genio furioso arrebatou-o: queria castigar os capitães insubordinados, queria sobretudo terminar rapidamente o plano das suas conquistas; e foram necessarios os rogos de D. Francisco de Almeida, a quem o filho acabava de morrer, para consentir na expedição naval de Diu.

D'ahi proveiu a guerra e o primeiro cerco de Diu, sobre-humanamente defendido por Antonio da Silveira. As chronicas chamam a Nuno da Cunha vencedor de Kambai, heroe de Bassaim, de Kalikodu, e fundador de Diu. Basta esta enumeração dos lugares para demonstrar que o dominio portuguez na India inclinava , com trinta annos de vida apenas, á decadencia.

Os commerciantes mouros abriam os bazares e desenterravam os cofres; e todos vinham á praia vêr a armada que se afastava, despedindo-se d'ella com vaias e gritos de zombaria, tangendo musicas, disparando tiros de espingardas para o ar, e mandando, por cortezia, pelouros, a arranhar a superficie azul das ondas. Diu estava salva das ameaças do portuguez.

Mas o bom velho o pensamento ouviu, Que aquelle olhar excepcional ouvia. Ó grandes barbas! que ainda ninguem viu! Ó grandes barbas! como eram bellas! Tal como outrora as de D. João, em Diu! Não lh'as vendo, Senhor! mas dou-lh'as, quel-as? Ó povo portuguez! quanto és sympathico! Ó povo portuguez das caravellas! Cortou-as. Deu-m'as. Eu fiquei extactico.

Os senhores de Diu, ricos do Gujerât, principes de Kambai, attonitos, vagueavam nas ruas com as mulheres, a procurar refugio contra as bombardas que estalavam por toda a parte.

Diz-se, na verdade, que um grande numero de fidalgos e pessoas principaes se venderam a Philippe II no reinado do cardeal D. Henrique: cita-se o nome de D. João Mascarenhas, o heroe de Diu, com uma certa indignação pelo contraste da sua vida passada; o de D. Christovão de Moura, como o de um franco renegado da patria; o do bispo Pinheiro como o de um insigne hypocrita; emfim, os nomes de muitos outros, e especialmente os dos quarenta mercadores politicos que receberam dos castelhanos os celebres cartazes ou cedulas para as recompensas futuras.

Obravam prodigios de valor, isso é verdade, como por exemplo nos dois cercos de Diu, em que Antonio da Silveira e D. João de Mascarenhas se defenderam de um modo maravilhoso, mas, á força de dar cutiladas, o braço ía cançando, e o paiz estava esfalfado. Não havia nem um instante de socego.

Camões commandou um reducto no cerco memoravel de Diu, Barros e Couto foram dos mais valentes soldados da Asia; e o nobre Cesar das suas façanhas o animo real do senhor D. Affonso d'Albuquerque temia mais a calumnia da historia do que o feroz basilisco do turco, que tomava pela frente como crocodilo do Egypto, sem tombar ao impeto e sem estremecer do vulcão.

O de Kambai, ao norte, com o de Kalikodu, inimigo antigo, ao sul, estavam desde tempo em guerra aberta comnosco, de mãos dadas com os mouros, nossos rivaes. O governador, em quem os dotes de guerreiro primavam, decidiu reunir todas as suas forças para ir tomar Diu, na costa do Gujerât, castigando por um modo ruidoso a insubordinação do de Kambai.

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