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Ora, como elle, de espaço, fosse vendo que a inquisição vivia despreoccupada d'aquelles cães do Tejo que bebiam muito devagar, bandeou-se com elles, e atirou o coração ás tempestades dos vinte e cinco annos, resalvadas as apparencias.

O seu espirito, refocillado nos ocios d'uma convalescença despreoccupada, comprazia-se nas variadas scenas com que a imaginação poderosa do poeta anima um mundo phantastico que para si creou.

O padre Filippe, com a despreoccupada bondade que lhe era natural, respondeu sem hesitar: Do melhor grado te acompanharei, minha querida Paula. Quando queres partir? Hoje mesmo. Porém, Beatriz?... Beatriz ficará em companhia de madre Angelica das Sete Dores, que é, como sabes, austera e de são conselho. Pois sim.

Defeza despreoccupada? Isso é quando Deus quer respondeu elle. Olhe, Henrique, visto que me veio encontrar em minha casa, a cuja porta eu deixo, ao entrar, todas as mascaras e artificios, de que uso no mundo, vae vêr em mim o homem que talvez não esperasse e que, lhe digo, debalde procurará reconhecer um dia, se me observar outra vez em Lisboa. O que lhe vou dizer não lh'o diria, nem lh'o repetirei .

Advinhava-se-lhe na gravata negra e despreoccupada uma indifferença pla gloria de vir a fallar nas camaras, um despeito p'la sorte de ser presidente da Propaganda de Portugal e socio das commissões de vigilancia. A Patria mesmo, n'este instante, era lhe desinteresse quaternario.

E de sua voz lenta, cheia de pausas, de uma doçura como que abafada, modulando-se em tons de intima melancholia, de acre desprezo, de tolerante e passivo desdem, e ás vezes, raras vezes, de alegre e despreoccupada ironia, ia preguiçosamente escorrendo toda uma philosophia da Vida, triste sim, mas não desesperada nem crúa...

D. Marianna, senhora algum tanto despreoccupada do artificio, que tão preciso é, chamado delicadeza, logo que Jorge lhe deu uma aberta, fallou na paixão, que o seu hospede tinha por Silvina, e nos desgostos, nascidos d'esse louco amor, para a sua querida Antonia. D. Marianna, em termos desabridos, disse de Silvina o que era notorio, e talvez lhe exagerasse os defeitos.

Julia fingia-se despreoccupada; e, a seu pezar, mais que nunca, n'aquelle dia, se recolheu n'uma concentração desacostumada. A noite d'este dia passou vagarosa e triste. Não obstante, as assembleias aos domingos continuaram no palacio das Amoreiras.

Antes de darmos á estampa a longa carta de F..., cuja primeira parte nos foi hontem enviada pelo medico, é dever nosso tornar conhecida uma outra importantissima que recebemos pela posta interna, assignada com a inicial Z., e que temos em nosso poder ha tres dias. Esta carta, que tão estreitamente vem prender-se na historia dos successos que constituem o assumpto d'esta narrativa, é a seguinte: Senhor redactor do Diario de Noticias. Lisboa, 30 de julho de 1870. Escrevo-lhe profundamente indignado. Principiei a ler, como quasi toda a gente em Lisboa, as cartas publicadas na sua folha, em que o doutor anonymo conta o caso que essa redacção intitulou O mysterio da Estrada de Cintra. Interessava-me essa narrativa e segui-a com a curiosidade despreoccupada que se liga a um canard fabricado com engenho, a um romance á similhança dos Thugs e de alguns outros do mesmo genero com que a veia imaginosa dos phantasistas francezes e americanos vem de quando em quando acordar a attenção da Europa para um successo estupendo. A narração do seu periodico tinha sobre as demais que tenho lido o merito original de se passarem os successos ao tempo que se vão lendo, de serem anonymas as personagens e de estar tão secretamente encoberta a mola principal do enredo, que nenhum leitor poderia contestar com provas a veracidade do caso portentosamente romanesco, que o auctor da narrativa se lembrara de lançar de repente ao meio da sociedade prosaica, ramerraneira, simples e honesta em que vivemos. Ia-me parecendo ter diante de mim o ideal mais perfeito, o typo mais acabado do roman feuilleton, quando inesperadamente encontro no folhetim publicado hoje as iniciaes de um nome de homem A. M. C. accrescentando-se que a pessoa designada por estas lettras é estudante de medicina e natural de Vizeu. Eu tenho um amigo querido com aquellas iniciaes no seu nome.

As delicias da conversação, expansiva como a confidencia, e despreoccupada como a ingenuidade, essa não se conhece nos salões, onde o epigramma recebe os louros da eloquencia, e o espirito acerado e cortante conquista as ovações do talento.

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