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Educada em casa do secretario de Estado Antonio de Cavide, entrou a 25 de março de 1650 no Mosteiro de Sancta Thereza de Jesus, das Carmelitas Descalças de Carnide, por ordem de el-rei seu pae a receber as instrucções da Madre Michaella Margarida de Sancta Anna, filha do imperador Mathias, e parenta do mesmo senhor rei D. João IV, fundadora do dito mosteiro de Carnide em 1612, sendo vinte e dois annos successivos priora.

Atraz d'elles as mulheres, de uma raça delicada e formosa, com o rosto de um branco de leite, meio encoberto em mantos de seda com que vestiam o tronco , corriam descalças, mostrando nos dedos dos pés os ricos anneis, nas pernas as manilhas de ouro e prata, os braços nús carregados de pulseiras, as mãos rutilantes de pedras preciosas.

Principiavam córos de grilos na espessura amarellenta das hervas, o sol cahia por traz das arvores; á esquerda, nos vagos fumos da tarde, Beja torrejava. Adeus, disse a viuva sem colera, estendendo ao velho as duas mãos descalças. Zarco sem fallar, beijou essas mãos inda pequeninas e brancas.

Marcella, a intelligente filha do poeta, pediu para o cortejo passar pelo convento das Trinitarias descalças. No momento em que o préstito parou diante do mosteiro, viu-se apparecer por entre as grades avaras um semblante macerado por uma dôr lenta. Era Marcella chorando a morte do pae, talvez pungida pelo abandono em que o tinha deixado.

Tempo depois, a engraçada filha do maior e mais fecundo poeta de Hespanha entrou para o convento das Carmelitas descalças, em Madrid. Lope de Vega descreve esse abandono do mundo com expressões sentidissimas: «Marcella, o primeiro pensamento do meu amor paternal, cuidava em casar-se, e uma noite me disse o nome d'aquelle que desejava para esposo.

O corrego, onde os nossos passos espantavam os lagartos, ia perder-se entre as ruinas d'um casebre de adobe: duas amendoeiras, mais tristes que plantas crescidas na fenda d'um sepulchro, erguiam ao lado a sua rama rala e sem flôr, onde cantavam asperamente cigarras. E na sombra tenue, quatro mulheres descalças, desgrenhadas, com rasgões de luto nas tunicas pobres, choravam como n'um funeral.

Nos rostos da gente, suggestionada, embriagada em aromas, pintava-se uma alegria nova, uma recrudescencia de actividade animal. As raparigas passavam mais lepidas, em kimonos alegres, claros, descalças sobre os sóccos pela primeira vez depois do inverno, os seus pés muito brancos, muito mimosos, após o recatado abrigo durante os mezes frios.

Quando os chefes das Contrebias pisaram terras a que não tinha chegado a devastação da guerra, encontraram ranchadas de mulheres trabalhando nos campos, alegres e risonhas, ouvindo-se de longe as cantigas com que aligeiravam a faina do dia. Approximaram-se da lavrada, e notaram que vigorosas mocetonas, de olhos castanhos e cabello preto, com arrecadas de ouro nas orelhas, contas de ambar e crystal raiado de preto e azul ao pescoço, descalças de e perna, andavam n'aquella encosta fazendo a sementeira do linho. Ellas não se apavoraram com a passagem da cavalgada. Os Cavalleiros que se deixaram ficar atraz, fôram-se approximando do rancho, simulando interesse pela suavidade das cantigas, que lhes faziam saudades dos seus casaes e villares, de que andavam ausentes desde que se empenharam na resistencia contra os romanos.

Seus troncos varonis recordam-me pilastras; E algumas, á cabeça, embalam nas canastras Os filhos que depois naufragam nas tormentas, Descalças! Nas descargas de carvão, Desde manhã á noite, a bórdo das fragatas; E apinham-se n'um bairro aonde miam gatas, E o peixe pôdre géra os focos de infecção! Toca-se as grades, nas cadeias. Som Que mortifica e deixa umas loucuras mansas!

Alta noite, durante o inverno, vinte mulheres curvadas pela inedia e pela velhice podem dirigir-se ao coro, calcando quasi descalças as lageas humidas e frias destes claustros solitarios; mas as botas envernizadas de suas excellencias devem ranger mollemente sobre um pavimento suave, e as suas cabeças, afogueiadas pelas profundas cogitações, reclinarem-se em fofos espaldares.

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