United States or Kazakhstan ? Vote for the TOP Country of the Week !


Não sei se o mesmo, se outro vate patriota, escreveu e distribuiu primorosamente calligraphados alguns exemplares da seguinte poesia tão sanguinaria quanto boçal quando ainda fumegavam no cadafalso do Rocio os cadaveres dos conjurados, cujo supplicio pedira Brigida de Alfama: ÁS MORTES DE D. LUIZ DE MENEZES, MARQUEZ DE VILLA REAL, DE D. MIGUEL DE NORONHA, DUQUE DE CAMINHA, DE RUY DE MATTOS DE NORONHA, CONDE DE ARMAMAR, DE D. AGOSTINHO MANOEL, OS QUAES MANDOU DEGOLAR NA PRAÇA DO ROCIO, EL-REI D. JOÃO O IV, E MAIS TRES, E UM BAEÇA, ARRASTADOS, ENFORCADOS, E ESQUARTEJADOS TODOS POR TRAIDORES, HOJE 29 DE AGOSTO DE 1641.

Tu és que me matas, ó Cochambre em sapatas , tu, que aguia real com louco assombro praticavas com o sol hombro por hombro e inquinaste a lysia bizarria de tua tão vidrada fidalguia em affrontoso thalamo ferindo pactos com Baeça, e Alamo . Quando por sorte, ou erro da vinha quasi morta as velhas cepas, a maleza occulta, é medicina o ferro: umas, justificada a fouce corta, outras, prudente o enxadão sepulta, e trocando-lhe a fórma a vinha assim reforma pai de familias destro.

Não era este supersticioso costume, que durou por tantos seculos, apenas uma invenção do vulgo. Nas antigas leis d'Hespanha, conhecidas pelo nome de Fuero juzgo, é expressamente ordenada a prova da agua a ferver, e a do ferro em braza, e no foral de Baeça se particularizam os casos em que taes provas tinham logar, bem como a maneira de as fazer.

Dois capitães, Diogo de Brito e Belchior Corrêa de França, postos a tormento, confessaram os nomes dos cumplices; não assim o opulento mercador Pedro de Baeça que, desde o cavalête, em que lhe quebraram os ossos, até o verdugo bamboar-lhe o corpo dependurado, apenas fallou para offerecer trinta mil cruzados pela vida, mostrando até final, como bom mercador, que a vida tambem era mercadoria.

Ao perro do Baeça Habito de Christo a vós? Maldito seja o judeu que na côrte o vendeu tal como vossos avós! Padecei tormento atroz, neto de uma cominheira: porque me dava canceira quem não era a Deus fiel que escapasse de um cordel, escapando da fogueira. A opulencia de Pedro de Baeça provinha-lhe da senhora com quem casára.

Ora para aproximadamente computarmos o valor de dez mil cruzados n'aquelle anno de 1642, basta saber-se que, no anno anterior, o mais opulento negociante de Lisboa, Pedro de Baeça, thesoureiro da alfandega, condemnado á morte em supplicios atrozes, como cumplice na conjuração de alguns fidalgos contra D. João IV, offereceu em troca da vida a enorme quantia de trinta mil cruzados!

Palavra Do Dia

dormitavam

Outros Procurando