United States or Fiji ? Vote for the TOP Country of the Week !


Não se contam as reimpressões; nem as edições dos classicos, em todos os formatos, desde o in-folio, que um Hercules póde erguer, até ao volume miniatura, cujo typo reclama microscopio, e em todos os preços desde a edição que custa 50 libras, até á que custa 50 réis: não se contam as traducções de livros estrangeiros, sobretudo as litteraturas da antiguidade: não se conta, emfim, essa incessante producção das Universidades, essa outra levada de gregos e latinos, de commentarios, de glossarios, de in-folios, que lançam de si, aos caixões, as imprensas de Clarendon.

Falta o jardim, a grande escola da infancia onde os rapazes formam o caracter trepando ao alto das arvores, e as raparigas mondando os canteiros e protegendo os insectos e as flores. Tambem não ha biblioteca. Leem-se apenas as bisbilhotices do jornal e os romances das traducções baratas. Nenhuma especie de estudo. Nenhuma applicação intellectual.

Bom passaporte para frei Timotheo transitar pela valla plebea do cemiterio nos braços morbidos e suavissimos da fome! Foi um progresso de civilisação, que se completou pelo lado moral com o augmento das loterias, das casas de cambio, e das traducções de novellas e dramas francezes. Bemaventurada a tão esperta nação que assim comprehende o progresso!

Maria Peregrina, que precisava encher as noites de Soutello, lia quasi sempre, mau grado as observações da Tia e as reprimendas carinhosas de Manoel Pamplona. Preferia ler traducções de poesia latina ou grega. De vez em quando, levantava-se a inquirir o Tio sobre casos complicados. Queria apprehender a Poesia no mais largo significado.

A esses annos da serra pertencem pois, como n'outras partes declarei, as traducções das Metamorphoses e dos Amores de Ovidio, muitas das bagatellas encorporadas nas Excavações Poeticas, a Noite do Castello, e os Ciumes do Bardo, ciumes que, dilo-hei agora de passagem, nada tiveram absolutamente que ver com os ideaes amores de que venho conversando.

O artigo 3.^o relativo ás traducções, ao passo que revela até que ponto de absurdo se póde levar o principio de propriedade litteraria, é, a meu ver, sr. visconde, profundamente illogico. Estatue-se ahi a prohibição de traduzirmos as obras francesas dentro do anno immediato á sua publicação e ao cumprimento das formalidades que se exigem do auctor para se lhe garantir o seu chamado direito. Se, passado um anno, elle não tiver publicado a traducção em português, qualquer a póde fazer. Mas perguntarei uma cousa: o auctor tem a propriedade do livro: obteve o titulo legal de posse e dominio: o facto tornou-se indubitavel; e essa propriedade é sacratissima, quando a outra é apenas sagrada. No fim do anno acabou o direito? Anniquilou-se a propriedade? Sorveu-a a terra? Em virtude de que maxima juridica ou moral é auctorisado o traductor português a assenhoreiar-se do alheio?

Por maneira que, a espaços, não se estremam bem as indoles das duas linguas, como se, entre nós, corressem analogas subtilezas no dizer, e as mesmas analogias do pensamento. Assim, comprehende-se que as traducções sejam thesouros literariamente portuguezes; e ao esclarecido traductor cabe distincto lugar entre os sabedores das duas linguas.

Sobre as traducções em prosa de Judith Gautier e embebendo-se, num estudo profundo do assumpto, do espirito do lyrismo chinez, elle tentou e levou a cabo essa paciente e admiravel reconstrucção que é o Cancioneiro, dando á poesia nacional um raro e magnifico exemplar da arte do verso. Na Ilha dos Amores, o seu lyrismo intensifica-se e define-se, a sua arte firma-se e completa-se.

Antonio Feliciano de Castilho na sua ultima visita a Coimbra azedou com a suprema injuria da nenhuma practica que teve com academicos á sombra da copa da sua olaia, porque nem um devoto, ao que me disseram, queimou um grão de incenso e myrrha ao idolo dos que por modestia, por bondade, por terror, por imitação, vão mendigar á sua porta um obulo da graça das multidões, que com razão o admiram nas suas inimitaveis traducções, nos seus poemas, nas suas imitações, e até mesmo nas inimitaveis contrafações do seu caracter.

Ha finalmente mais duas edições de uma traducção franceza de Clusius, por Antonio Collin, com as datas de 1602 e 1619. Total: 1 edição portugueza, e 15 edições extrangeiras de imperfeitas traducções.

Palavra Do Dia

disseminavam

Outros Procurando