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Atualizado: 14 de junho de 2025
Atraídos pelo colchete dos seus dedos suplicantes e pelos seus brados convictos, acodem primeiro alguns rotos canillitas, vendedores de jornais; vários cocheiros e chauffeurs em repouso vão depois até êle preguiçosamente arrastando-se; véem ainda, estimulados por êste comovedor desbarato de eloqùência no vácuo, os poucos desocupados que pelos bancos próximos amadornavam a sua indolência. Curioso e atento, o Silveira acercou-se tambêm. Discreteava sobre política êste improvisado apóstolo da rua. Falava em civismo, em liberdade, em igualdade, em consciência, no sagrado exercício do sufrágio, nas inauferíveis regalías do povo. Figurava enfáticamente o concurso
O Herói, ao lado da Deusa, estendeu o braço poderoso, como na Assembleia dos Reis, diante dos muros de Troia, quando plantava nas almas a verdade persuasiva: Oh Deusa, não te escandalises! Mas ainda que não existissem, para me levar, nem filho, nem espôsa, nem reino, eu afrontaria alegremente os mares e a ira dos Deuses! Porque, na verdade, oh Deusa muito ilustre, o meu coração saciado já não suporta esta paz, esta doçura e esta beleza imortal. Considera, oh Deusa, que em oito anos nunca vi a folhagem destas árvores amarelecer e caír. Nunca êste céu rutilante se carregou de nuvens escuras; nem tive o contentamento de estender, bem abrigado, as mãos ao doce lume, emquanto a borrasca grossa batesse nos montes. Todas essas flores que brilham nas hastes airosas são as mesmas, oh Deusa, que admirei e respirei, na primeira manhã que me mostraste êstes prados perpétuos: e há lírios que odeio, com um ódio amargo, pela impassibilidade da sua alvura eterna! Estas gaivotas repetem tam incessantemente, tam implacavelmente, o seu vôo harmonioso e branco, que eu escondo delas a face, como outros a escondem das negras Harpias! E quantas vezes me refugío no fundo da gruta para não escutar o murmúrio sempre lânguido dêstes arroios sempre transparentes! Considera, oh Deusa, que na tua Ilha nunca encontrei um charco; um tronco apodrecido; a carcassa dum bicho morto e coberto de moscas zumbidoras. Oh Deusa, há oito anos, oito anos terríveis, estou privado de ver o trabalho, o esfôrço, a luta e o sofrimento... Oh Deusa, não te escandalises! Ando esfaimado por encontrar um corpo arquejando sob um fardo; dois bois fumegantes puxando um arado; homens que se injuriem na passagem duma ponte; os braços suplicantes duma mãe que chora; um coxo, sôbre a sua muleta, mendigando
Dominador e soberbo, com o revólver pronto assestado, o Silveira ameaçou: Se te mexes, cão! faço-te saltar os miolos. O contricto matulão, estendido e inerte, esboçou um esgar implorativo, sem palavra ferir, erguendo os braços suplicantes.
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