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Atualizado: 15 de maio de 2025


O que dirão, sabe, Soror Angelica?... Dirão que nesta casa a imoralidade chegou ao ponto de se apresentarem publicamente as filhas das freiras!... «Dirão uma mentira, que eu propria desfarei contando a verdade. Bem sabe, Madre Angelica, que se não fiz isto ha muitos anos foi por seguir os seus conselhos, nos quais me mostrou que devia obediencia a minha mãe.

O seu gosto e a sua alegria estavam nos livros que folheava sem descanso e na penna com que se servia para versejar... ás escondidas. uma pessôa sabia do seu crime, como elle lhe chamava, a rir... e Soror Angelica sorriu tristemente para esse fantasma saudoso da mocidade. Era uma pupila, do pai, orfã e morgada como elle.

Reparou soror Rufina em sua sobrinha, na volta da grade; achou-a serena de mais, risonha até; um lampejo de alegria interior que lhe reaccendia nos olhos a luz que as lagrimas haviam apagado. A velha freira, apalpada por infortunios de amor, não conjecturou d'aquella inesperada alegria tão innocentemente como Carlota cuidava.

Então a minha filha quer dar a essas meninas o público espétáculo da sua antiga culpa?!... Quer sêr o riso e a fabula de toda a cidade?! O que dirão de nós?! Com tanta vontade contra as casas religiosas, com tanta calúnia que se tem levantado, se Soror Manoela vai agora apresentar publicamente a sua filha, o que não dirão?!... «E que me importa tudo isso?! não sou eu livre porventura?!

Mendonça, venha aqui todos os dias, e verá como o tempo amacia os espinhos que o mortificam. Ha de chegar a esquecer-se das dores que soffre n'este momento, e a sentir as lagrimas de uma amizade santa e pura. O dialogo foi cortado por uma pressurosa chamada a soror Rufina. Carlota recuperando os sentidos, chamava Francisco Salter de Mendonça, e forcejava por evadir-se dos braços que a sustinham.

Superiora sem importancia num convento desapossado de todos os seus rendimentos e que existia apenas emquanto vivessem as últimas freiras como existe, sustentado pela hera que o reveste, o velho muro em ruinas Soror Angelica era um desacerto porque era uma força inutilisada.

Se Soror Angelica tivesse nascido anos atraz, seria uma dessas preladas temidas e escutadas por todos, porque sabiam fazer valer a força do seu direito e pesar a influencia das familias, da fortuna e do nome profano de todas as suas governadas, em qualquer questão que as interessasse.

E a sensação foi tão dolorosa e a dôr tão forte, que acordou de vez, sentindo realmente uma pontada que lhe suspendia quasi a respiração e a fez gritar levando as mãos ao peito, sufocada. Foi quando Soror Angelica veiu têr com ella e a condusiu para o segundo dormitorio, fazendo-a deitar na sua propria cama, encarregando uma irmã leiga de a vigiar e acompanhar.

Eram uns cadetes de cavallaria, filhos de um Heitor Teixeira de Macedo, capitão-mór de Coimbra, e fidalgo solarengo de Condeixa-a-Nova, muito aparentado com os Chamorros, Marreiros e Matosos, nobilissimos apellidos de familias aveirenses. Hospedados em casa d'estes Chamorros e Matosos é que os Cadetes puderam ver soror Antonia Maria e soror Sebastiana Ignacia.

Ah, bem feliz era Soror Gertrudes que ainda encontrava um abrigo santo junto das suas irmãs, vivendo com ellas no eterno sôno, sob o abrigo das arcarias do claustro florido, acalentada pelo murmurio fresco da fonte que transbordava na sua concha de marmore.

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