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Atualizado: 31 de maio de 2025
Quando chegou a noite, Ernesto bastante timido, apoderou-se de uma das mãos de Amparo, não menos linda do que a da Laura que inspirou a Petrarcha quatro sonetos, e disse-lhe: Que feliz eu sou!... Amparo sorriu-se e retirou a mão. Depois, reclinando a cabeça em um dos cantos da carruagem, cerrou os olhos, fingindo que dormia. Assim collocara certa distancia entre si e Ernesto.
Já ouvi, não me recordo n'este momento a quem, que o livro dos Sonetos lembra tambem em muitos pontos o Diario de Amiel.
O meu livrinho, apenas aqui ou alli em meia duzia dos ultimos sonetos, fere a nota exacta e sã, porque infelizmente morreu-me o dom dos versos, precisamente quando começava a pensar e a sentir alguma cousa que realmente merecesse ser posta em verso.
Dir-se-hia que os sonetos lhe são quasi inteiramente consagrados.
Podem dizer talvez, e dizem bem, Que ás suas faces tumidas, rosadas, Falta a côr macilenta que convém Ás virgens dos sonetos e balladas. Á elegancia doente e vaporosa Eu prefiro, comtudo, a fórma airosa Do seu corpo gentil de mulher sã; Por isso adoro e préso mais que tudo Os seus olhos dolentes de velludo, Os seus labios vermelhos de romã. Amor omnia vincit
Está uma carta d'uma vez! disse a senhora Angelica, abrindo os olhos para o lado da testa, e apanhando com os seus tres dentes, resto de maior quantia, o beiço inferior, em signal de admiração Isso é que é fallar! O diacho da rapariga parece que tem cousa má! Aquillo é que é uma cabecinha! Diz que bota sonetos, e lê pelos livros grandes dos doutores! Ora vejam lá como a boa da pequena, sabe estas palavras, e diz tudo que faz mesmo pasmar!...
Assim, na opinião de certos escriptores, e para mais auctorisados, foram os portuguezes os inventores da medida grande, limitando-se os italianos simplesmente a seguir o trilho dos poetas lusitanos. Querem esses que o infante D. Pedro, o das sette partidas e que desastradamente encontrou a morte em Alfarrobeira, haja escripto os primeiros sonetos portuguezes.
Se entrei em tão largos desenvolvimentos biographicos, foi por entender que, sem elles, se havia de perder a maior parte do interesse que a leitura dos meus Sonetos pode inspirar.
Eu já disse algures que Arthur Loureiro era um poeta na pintura e hoje o repito aqui, no desprendimento sincero de quem o admira pelo seu talento. Os seus quadros são bucolicas de côr e de luz. Ha-os que são como deliciosos sonetos camoneanos. Ha-os que são verdadeiros poemas.
Invocou-a sempre, chamou por ella, coroou-a de funebres flôres, supplicou-lhe que o accolhesse no seu regaço frio, achando emfim que depois do mal de haver nascido não havia senão um bem: tornar ao Nada. Quando o livro dos Sonetos appareceu escrevi eu um estudo sobre elles, que não tinha, já se vê, outro merecimento além de uma sinceridade absoluta e de uma immensa sympathia.
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