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Nenhum d'elles ousára ir á estação esperar o comboio. Os passarinhos, se não pudessem encontrar um doce refugio nas arvores marginaes do rio Vizella, cairiam do ceu assados e depennados. Com uma soalheira d'aquellas, não havia nada que apetecesse tanto como o descanso e a sombra. De repente ouviu-se o silvo da locomotiva. chegou o comboio! Pois deixal-o chegar! Quem vier, virá ter.

Toda a noute o sineiro tem secretos Desejos de espreitar como é que eu passo!... Imita o som dos sinos indescretos... E canta, n'uma voz que abala os tectos, Ao som das cambalhotas do palhaço! E assim eu vivo n'uma trapeira... Onde as pennas das pombas deixam rastros... Exposta todo o dia á soalheira, E onde passo dormindo a vida inteira, Nas visinhanças limpidas dos astros!

Eu moro altivo é n'uma trapeira, Onde as pennas das pombas deixam rastros; Exposta todo o dia á soalheira... E onde passa dormindo a vida inteira, Nas visinhanças limpidas dos astros! Como na era feliz das serenadas, As graves castellãs nos seus balcões, E gothicas varandas recostadas... Vejo, em baixo, passar as cavalgadas, Os enterros e as lentas procissões!...

Remava sempre, semi-nú ao centro da embarcação, com o dorso exposto á soalheira, suarento, a cabeça ora para deante, ora erguida, no movimento dado ao remo. Nada via do lado da terra. A vegetação crescia opulenta, emmaranhara glaucas barreiras invenciveis de raizes, troncos, ramagens e lianas.

Gado para dentro e toca a merendar; o que era de um era doutro: ele ainda trazia azeitonas, um naco de queijo, pão. Mal acabaram de comer, o Gonçalo apontou para a cabana que ficava ali perto, e propôs que se deitassem: estavam moídos da soalheira de todo o dia e da caminhada agora.

Esta hora, sobretudo no verão, era deliciosa: pelas janellas meio cerradas penetrava o bafo da soalheira, algum repique distante dos sinos da Conceição Nova, e o arrulhar das rolas na varanda; a monotona susurração das moscas balançava-se sobre a velha cambraia, antigo véo nupcial da Madame Marques, que cobria agora no aparador os pratos de cerejas bicaes; pouco a pouco o tenente, envolvido n'um lençol como um idolo no seu manto, ia adormecendo, sob a fricção molle das carinhosas mãos da D. Augusta; e ella, arrebitando o dedo minimo branquinho e papudo, sulcava-lhe as rêpas lustrosas com o pentesinho dos bichos... Eu então, enternecido, dizia á deleitosa senhora: Ai D. Augusta, que anjo que é!

Palavra Do Dia

rivington

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