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A que foi vista, na ceifa do anno passado, demorar-se mais a encher a malga para certo segador que para todos os outros, e pedir-lhe sempre a elle que lhe ajudasse a pôr á cabeça a gavella das espigas, essa continuará a fazer o mesmo na colheita d'este anno; continual-o-ha na dos futuros, até que, tornada sua mulher, os cuidados dos filhos e da casa a impidam de seguir, como antes, por passos contados, o seu gosto.

Somos o segador, que ceifa o trigo, nas ardentes, e afflictivas calmas do estio; o robusto ceifeiro, que corta, nos prados, esmaltados de papoulas e boninas, o alimento constante dos rebanhos; o vinhateiro, que poda, empa, e cava a vinha; o navegante, que se afadiga em transportar os artefactos da creação humana; e o commerciante, que leva e faz circular em todas as zonas habitadas como o sangue nas arterias os succos da terra, e os productos das mais variadas industrias.

Oh pelo claro azul d'essas noites serenas, Que o segador trigueiro entôa as cantilenas, Tristes como a lua e o espinho dos martyrios, E que atravez do azul parecem cair lyrios!... Quando a brisa levanta as folhas indiscretas, Noivam os rouxinoes e se abrem as violetas... E a Natureza tem como um sabor de beijos, Que obriga a soluçar a alma de desejos!...

Tombaram, sucessivamente, como as messes diante da fouce do segador, as mocidades da Europa, que era a renovadora do mundo consciente pelo génio artístico e scientífico. Essas mocidades haviam sido educadas pelos antigos, pelos vélhos, pelas personalidades formadas em ideias conhecidas, semente de que germinariam as searas futuras.

Canta o caminhante ledo No caminho trabalhoso Por entre o espêsso arvoredo; E de noite o temeroso Cantando refreia o medo. Canta o preso docemente, Os duros grilhões tocando; Canta o segador contente; E o trabalhador, cantando, O trabalho menos sente. Eu qu'estas cousas senti N'alma de mágoas tão cheia, Como dirá, respondi, Quem alheio está de si Doce canto em terra alheia?

Alli rôtos do bellico granizo, Dispersos como vidro espedaçado, Quantos de bronze acobertados peitos Ora juncando a terra, d'onde nunca Se hão de levantar mais! Estão fileiras Inda alinhadas, quaes na queda o estavão; Jaz dos mais destemidos copia grande: Tal, quando o dia é findo, e o labor cessa, Vemos jazer sobre aplainados campos A herva que o segador deixou ceifada.

Palavra Do Dia

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