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Atualizado: 11 de junho de 2025


E os brincos a tinirem, e o abdómen a dançar, e o rosto passando de vermelhusco a purpúreo, e de purpúreo a roxo. Seu amo está ? lhe tornou Sauvain com impaciência. Não, senhor, respondeu o faceto porteiro quase sem fôlego; ainda não veio. Ora!... o senhor bem o sabe, visto que entra na conspiração. Eu!... Está enganado. Ele não deve tardar.

A julgar pelo número de encomendas, os créditos de André não diminuíam; apenas concluído um dos seus quadros, era logo vendido. O seu Faust au sabbat tornou-se propriedade de um capitalista misterioso, que o pagou muito caro e desejou conservar o anónimo. Noutro tempo, aquela veia de bom êxito teria enlevado Sauvain; agora era-lhe mais um motivo de ironia e de amargura.

André Sauvain, empurrando vinte pessoas, alcançou e passou adiante do chapéu de veludo preto, voltou-se timidamente, encomendou a sua alma a Deus, e ousou enfim encarar... uma decepção! Não era ela! Venho a dar em doido!... disse consigo ao voltar para casa. Apaixonar-me antes de haver cimentado o meu futuro... é o mesmo que fazer círculos na água com luíses de oiro.

Todavia, é provável que o fosse adiando, de ano para ano, detido sempre pelos mesmos escrúpulos, se Rosa lhe não houvesse confessado o seu amor por André Sauvain. Aquela noticia afligiu o senhor Germinal, mas acabou com as suas hesitações.

Numa bela e clara manhã de Dezembro André Sauvain acabava de retocar um Faust au sabbat: recuando um pouco para melhor avaliar o efeito do seu quadro, e erguendo por acaso os olhos, foi testemunha de um prodígio. Através das vidraças do seu quarto descobria-se parte de uma casa esplendidamente iluminada pelos raios do sol. Aquele prédio era o constante pesadelo do pintor.

A porta entreabriu-se, e um homem comprido e esguio passou pela abertura. Senhor... disse ele dirigindo-se a Sauvain. Neste ponto estacou, exalou um suspiro, esfregou as mãos, o que produziu ruído semelhante ao de um raspador, olhou em volta de si com ar assustado, e pareceu querer fugir.

Seja bem vindo, disse Sauvain, introduzindo-o no atelier. Pedro Toucard entrou, com o chapéu

Quando acabava de proferir estas palavras, abriu-se a porta, e André, petrificado de espanto, recuou três passos. Entrou Pedro Toucard... Pedro Toucard, em carne e osso! O senhor!... exclamou Sauvain. Eu mesmo, respondeu o aventureiro com o seu habitual desembaraço. Bons dias, caro amigo!... E, como André lhe não estendesse a mão, agarrou-a ele quase

Nesse tempo (refiro-me ao ano da graça de 1853) André Sauvain, bem que fosse proprietário, não jantava todos os dias. Verdade é que a sua propriedade não valia sessenta escudos, e não lhe rendia sequer um franco! Consistia numa casa velha e pequena, num recanto da Normandia; uma ruína musgosa e enegrecida, sempre abalada pelos ventos da costa. Mesmo assim, André podia te-la vendido a algum pescador, mas nem a mais horrível miséria o determinaria a tal: apegara-se-lhe o coração

E contudo nunca mortal algum, mesmo o mais sedutor, foi acolhido, lisonjeado, afagado por um sorriso semelhante ao que André Sauvain dispensou ao pai da sua... quimera loura. Tenha a bondade de sentar-se, senhor Germinal, faça favor!... Que amável surpresa!... Que excelente ideia teve!... Não sei como agradecer-lhe... Pouco faltou para que André ajoelhasse.

Palavra Do Dia

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