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Atualizado: 19 de junho de 2025


Tenha da sua filha unica, da filha que nunca lhe desobedeceu, e, se hoje desobedece, deve ser muito dolorosa a violencia que lhe querem fazer... Carlota Angela soluçava no seio de D. Rosalia, cujos vasos lacrimaes se romperam copiosamente. Eram de bom agouro as lagrimas da enternecida mãe. As difficuldades, que ella oppunha, eram vencidas por novas supplicas de Carlota.

O arrozeiro, receioso de esbarrondar-se, como elle depois dizia a D. Rosalia, saiu da grade, onde a filha permaneceu longo tempo enxugando as lagrimas, para simular socegado o semblante. Um mez depois, entrava Carlota Angela, com a mestra de noviças e a cantora, no côro, onde se reunira a communidade.

Esses homens aborreço-os; o mundo tem para mim um homem; não vejo, nem quero ver outro: é Francisco de Mendonça, porque sou d'elle, considero-me sua mulher, e... Tu que dizes, Carlota!? bradou apavorada D. Rosalia

Animando-se mutuamente, entraram no quarto de Carlota, e gritaram ambos ao mesmo tempo: Filha ingrata! nós te amaldiçoamos! Para sempre! disse a solo o snr. Norberto. Para sempre! repetiu D. Rosalia. Amaldiçoada! bradaram em dueto. E por que me amaldiçoam? disse Carlota que crimes são os meus?

A alegria dava a Carlota uma ousadia enthusiastica, que espantava Norberto, e tinha semi-aberta a bôca de Rosalia. Se a minha mãe conhecesse a nobre alma d'elle! proseguiu ella havia de amal-o tambem. Eu?... ora essa! tu és maluca! atalhou Rosalia, comprehendendo á lettra a palavra amal-o. Maluca! porque, minha mãe? Pois tu disseste ahi que eu havia de amar o tal homem!

Conhece-lhe os intimos segredos domesticos; mas não se recorda que elle é gordo e vermelho! Estou maravilhado do muito que me conta! E D. Rosalia continúa a cantar com aquella angelica voz que nós lhe conhecemos? O noticiador estava tolhido de mêdo. A esta ultima pergunta fez uma cara de apiedar as feras.

S.ex.ª o snr Luiz Jardim, professor de direito na Universidade de Coimbra e genro do capitalista Lopes dos Anjos, acaba de dar o nome de Rosalia a uma creança de quem foi padrinho. Um jornal, interprete dos altos sentimentos do snr Luiz Jardim, diz que s.exescolhera este nome «por elle ser o de uma illustre dama portugueza que floresceu em meiados do seculo XVIIInclinemo-nos com reverencia!

Apenas entrou no convento, quiz ver seus paes, dizendo que talvez elles, na desgraça, precisassem de que lhes fallasse a linguagem da paciencia, e da esperança nas riquezas do céo. D. Rosalia, foi chorar ao da filha, e retirou-se consolada. Norberto de Meirelles contou-lhe tres vezes a horrivel historia do roubo, e chorou outras tantas lagrimas como punhos.

Quando, porém, os ais do côro chegaram aos seus ouvidos, com as exclamações afflictas de Rufina, D. Rosalia saíu da teia de um altar, veio ás grades do côro de baixo, e rompeu em brados desentoados, chamando a filha. O capellão-mór, vestido de sobrepeliz, estola e pluvial, veio lembrar á lamuriante senhora, que a sua gritaria não era propria da casa de Deus.

Norberto, filho de lavradores transmontanos, era campezino, rustico, e desageitado; Rosalia, com quanto procedente de progenie cidadã desde seu avô, havia muito ainda que desbastar, e quatro gerações não tinham adelgaçado nada a raça originaria de Covas de Barroso.

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