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Ha alguem que erga um braço, um braço a pró do Reu? Suspende-te, ó Justiça! Eu ergo a ti meu braço! Este reu que aqui vês não é um vil devasso, um baixo salteador d'estradas e caminhos! Eu vou provar que elle é mais puro que os arminhos. Vou demonstrar que elle é mais santo que as estrellas, mais alvo e virginal que as onze mil donzellas!

«Após alguns momentos de silencio, e geral expectação, o réu começou a narrar circumstanciadamente tudo o que lhe houvera succedido; vindo eu, finalmente, ao conhecimento de que elle era um mancebo natural de Lisboa, descendente de preclara stirpe, a quem uma paixão violenta, e uma rivalidade sem limites haviam arruinado physica e moralmente.

«Serão pezados serviços a que tenham obrigado o desgraçado?... «Serão os tratos que lhe possam ter dado?... «Será dos alimentos? «Será tambem de alguma bebida alcoolica, que lhe dessem em demasiada quantidade?... «Ah! posteridade... posteridade, como julgarás esta questão?... «Perante a fria historia, quem será réu n'este malfadado proccesso?...»

Acareado com o sargento Thadeu continuou negando a pés juntos. Thadeu confirmou, acrescentando que o tenente Vaz Monteiro pedira senha ao tenente Coelho. «Acareados ambos com este reu, Coelho disse não se recordar de semelhantes palavras. Falara no Campo da Regeneração com o tenente Vaz Monteiro, mas este apenas lhe observara: «Manuel, vae-te embora». Nada mais.

A imprensa noticiosa da epoca chegou a asseverar que a defeza desse reu servira simplesmente a comprometter diversas personalidades, algumas das quaes tinham sido presas ao mesmo tempo que elle. Cremos, porem, que muito se exagerou a tal respeito e que a verdade do caso reside no proposito de atrevido exhibicionismo que acima registamos.

«A cumplicidade no crime de rebellião de que o reu é accusado no libello, por haver por meio de propaganda em logares publicos directamente aconselhado ou instigado a execução do mesmo crime, consistente em se haver tentado destruir a fórma de governo monarchico-representativo pelo qual é regida a nação portugueza, crime este praticado na manhã de 31 de janeiro do corrente anno, em que os meus auctores, apoderando-se do edificio da camara municipal da mesma cidade, chegaram a proclamar a Republica d'uma das varandas do mesmo edificio e a ler uma lista dos membros do governo provisorio, sendo que sem esse conselho e instigação podia ter sido commettido o crime, está ou não provado

«E vendo-se na mesa do santo officio a cega e obstinada determinação do reu, lhe foi dito que considerasse bem a resolução que tomava em se não querer apartar da crença da lei que seguia, e como ia mal encaminhado em querer persistir na lei de Moisés, por que n'ella não havia nem podia haver salvação, por ser acabada pela vinda de Christo, Jesus, senhor nosso e verdadeiro.

Quem é que ha de dissolver o governo reu de delicto egual ao da camara? Em vista de um tão flagrante attentado contra os seus interesses industriaes, contra o seu credito e contra a sua honra, porque a portaria alludida é cheia de vagas insinuações insultantes e injuriosas apesar de cobardemente rebuçadas, o sr.

Damos apenas os seguintes, relativos ás diversas classes em que se dividiu a natureza dos crimes: Para os reus civis: «O crime da rebellião de que o reu é accusado no libello por, na madrugada do dia 31 de janeiro do corrente anno, com outros individuos e muitos militares dos corpos da guarnição da cidade do Porto e outros militares, haver tentado destruir a fórma de governo monarchico-representativo, pela qual é regida a nação portugueza, apoderando-se do edificio da Camara municipal da mesma cidade, de uma das varandas da qual foi proclamada a Republica e até lida uma lista dos membros do governo provisorio, está ou não provado?

Ora tudo isto fez eu juro-o pelo Ceu! para salvar a patria este sublime Reu. Tambem, Justiça, ouvi n'este immortal litigio que n'outro tempo o Reu poz o barrete phrigio. Oh doudas illusões da douda Mocidade! Quem póde erguer seu braço, o braço sem piedade, contra o triste Ancião cheio de desenganos que amou, cantou, gemeu na lyra dos vinte annos!