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Na impossibilidade de toda a ordem de trabalho, mas carecendo de occupar a imaginação no meio dos seus soffrimentos, Anthero de Quental ia dia a dia burilando um ou outro soneto, em que dava expressão ao estado moral em que se achava; os amigos foram colligindo estes sonetos, vindo ao fim de algum tempo Oliveira Martins a formar um precioso volume de que elle mesmo foi o editor carinhoso.

O seu amigo Anthero do Quental podia fazer dez, vinte, cem conferencias contra o catholicismo, comtanto que não perturbasse a paz publica, e o governo podia querelar d'elle dez, vinte, cem vezes. Di-lo o artigo 363do codigo civil. Não assim a respeito das novidades que tem alterado a indole da igreja catholica.

Entre todos os obreiros maravilhosos que em França a critica moderna tem tido ao seu serviço, nenhum, porém, existiu nunca que melhor podesse explicar, illuminar, tornar accessivel a todos a obra de Anthero do Quental, como esse a que me referi ha pouco: o auctor, aos meus olhos adoravel, dos Ensaios de Psychologia Contemporanea.

Michelet escrevia um dia, n'uma carta, alludindo a Anthero de Quental: «Se em Portugal restam quatro ou cinco homens como o auctor das Odes Modernas, Portugal continúa a ser um grande paiz vivo...» O mestre da Historia de França com isto significava que emquanto viver pelo lado da Intelligencia, mesmo que jaza morta pelo lado da Acção, a nossa patria não é inteiramente um cadaver que sem escrupulo se pise e se retalhe.

Anthero do Quental refere-se aos poetas do futuro, e muito bem fez em recommendar-lhes o geito n'esses vôos de Leotard. E outras mil coisas hão de acontecer, como v. s.ª, que é o promettido das lettras, annuncia brilhantemente á terra e aos astros nas suas admiraveis prophecias. V. s.ª não pôde conter a indignação quando viu a carta do sr.

Não tendo, pois, antecedentes da mesma especie, foi-lhe necessario crear, dentro da velha fórma consagrada, uma forma nova; e d'esta difficuldade sahiu-se admiravelmente Anthero de Quental. Os seus sonetos trazem a marca do auctor; não se confundem com nenhuns outros.

E eis ahi as razões porque eu não sou buddhista... nem Anthero de Quental o é, embora julgue sel-o. A evolução dolorosa que terminou com o seu ultimo soneto, esta longa e tempestuosa viagem atravez do mar tenebroso da phantasia metaphisica, parece ter concluido.

*Lelo & Irmão.* ANTHERO DE QUENTAL, In Memoriam, pag. 444. Publicado num volume Notas Contemporâneas 1909. Incluido no volume Últimas páginas 1911. Começou por me dizer que o seu caso era simples e que se chamava Macário... Devo contar que conheci êste homem numa estalagem do Minho.

Fallo do sr. Anthero do Quental. E, que transpareceu na téla, d'elle me occuparei primeiro; mesmo porque o conheço mais de perto: de o ver passar na rua, e de lhe fallar ás vezes. Conhecel-o não é ser seu amigo; não é seguir-lhe as ideias; não é pôr cobro á imparcialidade.

Eu deixei de proposito, inviolado pela minha critica, porventura audaciosa, o que ha de mais profundamente subjectivo, de mais intimo e de mais sagrado no volume adoravel de Anthero de Quental. Muitas vezes as lagrimas me romperam irresistivelmente dos olhos, ao ver n'elle, deliciosamente reflectida, a aspiração, sempre incomprehendida, a um amor que o consolasse e redimisse! Pensar é perigoso.

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