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Ah! minha pobre Paula! comprehendes acaso que um risonho dia de primavera possa reverdecer a arvore a que destruiram as raizes e que, sêcca, perdeu a seiva e se despiu da folhagem? Eu sou uma arvore morta, minha amiga!

«Entretanto no meio d'este palacio de tristezas volteava ainda um raio de sol; um arbusto florejava purpuras no meio d'este cemiterio; uma avesinha cantava primavera entre o desconsolo d'estas ruinas; uma viração deliciosa fazia ás vezes susurrar agradavelmente estes musgos resequidos.

Cuidou o Musulmano que, fazendo da mulher uma machina, tinha creado a felicidade para si; a felicidade ella a ha de crear, mas é mister que livre e desassombrada, rainha e não escrava, possa, como a pomba da primavera, adejar sobre a cabeça do homem, ensinar-lhe as aguas mais puras onde deve matar a sêde, e a relva mais macia onde se deve assentar; a mulher sabe, como a abelha, quaes são as flores que dão mel, mas não lhe hão de crestar as azas na chamma da impureza, que então, materialisado o amor, o homem e a mulher perderão a faisca da divindade que os extremava do resto da creação; «ou os povos se hão de embrutecer em seus braços, ou civilisar a seus pés » . Não é com todos os pensamentos cravados na materia que a mulher pode dar ao homem a felicidade; o Oriente não comprehendeu a mulher.

Passados que foram alguns dias, tornou a vestir o habito, mostrando assim que o trazia por devoção e não por obrigação. Nos fins da primavera de 1479 a peste oriental que havia annos assolava Portugal, entrou em Aveiro com o seu funebre cortejo de calamidades.

Muda outra vez: gorgeios, estribilhos D'um clarim de oiro o cheiro de junquilhos, Vivido e agro! tocando a alvorada... Cessou. E, amorosa, a alma das cornetas Quebrou-se agora orvalhada e velada. Primavera. Manhã. Que effluvio de violetas! Desce em folhedos tenros a collina: Em glaucos, frouxos tons adormecidos, Que saram, frescos, meus olhos ardidos, Nos quaes a chamma do furor declina...

Celebravam-se as pequenas Eleusinas na primavera; as grandes, que duravam nove dias, no outono. N'ellas se dava culto aos mythos de Deméter e de Perséphone, como forças de concepção, ao de Dionysos, como força de producção.

Que uma dama de bons annos, quarenta pelo menos, puxados á fieira do amor, consiga lograr uma criança incauta, isto está de seu na natureza das cousas; mas que uma menina de dezesete annos, ainda agora a florescer a sua primeira primavera de coração, zombe da vigilancia e perspicacia d'um pae quinquagenario, e o esteja assim logrando com uns dizeres de parvoinha candura!... Uma hora de amor é um curso de theatro completo.

E depois, podes, ainda esta primavera, ir para o estrangeiro, para a Italia, para a Suissa, para a Hespanha, Zina para a Hespanha, onde irás ver a Alhambra, o Guadalquivir! Não estarás farta d'este immundo riacho de Mordassov, com aquelle seu nome inconveniente?

No mais verde dos annos, abalisaste os teus anhelos juvenís entre umas arvores que teus avós plantaram; e alli, sósinho, esperaste que a Providencia te deixasse reflorir uma primavera na alma.

Algumas florinhas solitarias, que derramam aromas nas horas do crepusculo, ou quando muito um cypreste erguendo-se melancolico e severo, com as côres sombrias e esverdeadas da sua eterna primavera, e uma cruz silenciosa e triste indicando que ali repousam os ossos d'um desgraçado!... Ao Dr. Antonino José Rodrigues Vidal

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