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Atualizado: 6 de setembro de 2025


O pintor de vidraças não tinha ainda á sua disposição senão tres côres para pintar sobre o vidro: o pardo, o amarello de prata e a côr para a incarnação; porém achou novo expediente para a sua arte no emprego de vidros duplicados.

Este quadro está feito com cuidado, o que me a entender, que o artista segue a theoria d'um escriptor celebre que dizia: Quanto mais conheço os homens, mais amigo sou dos cães. Andam os nossos pintores delineando paisagens, por esse paiz em fóra e nenhum, que me lembre, tinha ido pintar para Villa do Conde.

Procurarei pintar com as côres da verdade o seu rosto, formoso como um sonho da adolescencia; a sua fronte radiante como a luz do sol quando apparece, ao romper do dia, do fundo do mar; os seus olhos claros e expressivos através dos quaes se lêem todas as impressões da sua alma, sensivel como as harpas das filhas de Sião que vibram ao menor sopro do zephiro.

Vede esta femeasita minuscula, toda ella pieguices de roupas e maneiras, fragil, sem musculos, com mãos e pulsos de creança, impropria para o esforço e para a lucta; passa a vida de joelhos, sobre macias almofadas, brincando com bonecas como se fôssem filhos seus, ou brincando com seus filhos como se fôssem as bonecas; se sae de casa, vae arrastando os pésitos em passos indecisos, preguiçosos, borboleta bohemia, sem rumo e sem intento; sabe cuidar dos seus cabellos, pintar a bocca de escarlate, dedilhar no shamicen, compôr ramos de flôres, servir o chá nipponico, lêr historias de raposas fabulosas e de macacos legendarios...

Depois, se a mulher tem o direito de dançar e de cantar, e se lhe admiram as qualidades raras de eximia bordadora, porque negar-lhe o direito de, tomando os pinceis e o escopro, pintar, esculpir e indo mais longe mesmo, escrever livros, cujo encanto será deliciosamente bom?

Será impossivel introduzirse a boa educaçaõ na Fidalguia Portugueza em quanto naõ houver hum Collegio, ou Recolhimento, quero diser huma Escola com clauzura para se educarem ali as meninas Fidalgas desde a mais tenra idade; porque por ultimo as Maens, e o sexo femenino saõ os primeyros Mestres do nosso; todas as primeyras ideas que temos, provem da criaçaõ que temos das mays, amas, e ayas; e se estas forem bem educadas nos conhecimentos da verdadeyra Religiaõ, da vida civil, e das nossas obrigaçoens, reduzindo todo o ensino destas meninas Fidalgas á Geographia, á Historia sagrada e profana, e ao trabalho de maõs senhoril, que se emprega no risco, bordar, pintar, e estofar, naõ perderiaõ tanto tempo em ler novellas amorozas, versos, que nem todos saõ sagrados: e em outros passatempos, onde o animo naõ se dissipa, mas ás vezes se corrompe; mas o peyor desta vida assi empregada he que se communica aos filhos, aos irmaõs, e aos maridos.

Porque é que os adultos não sorriem maquinalmente?... Lisongeiras duvidas para o homem que pensa nos segredos do homem. Decorreram sete annos. Eu não devo aqui pintar um quadro de guerra. Seria salpicar de sangue a tela onde me propuz traçar uma figura grandiosa, com o colorido suave da religião. Abomino a historia, se é força lembra'-la a testemunhas oculares.

O quadro é seu, senhor conde, e não falemos mais de similhante assumpto. Emquanto á venda dos que pinte de futuro, isso é diverso e não vejo inconveniente em que o senhor m'os compre. Fixemos então desde o preço, ficando assente que recebo todos quantos o senhor pintar. Isso é offerecer muito. Compro todos. Marque preço.

Finalmente estou . Que miseravel eu sou! Pois não será monstruoso que este actor, n'uma ficção, na expressão de uma dor simulada, podesse elevar a sua alma, identificando-se com a sua parte, exaltando-se a ponto de empallidecer, de lhe borbulhar o pranto nos olhos, de se lhe pintar o desespero nas feições, entrecortada está a sua voz, e o seu todo faz uma verdade, de que não é senão uma situação fingida! E tudo, por quem? por Hecuba; que é Hecuba para elle, ou elle para Hecuba, para que a sua memoria lhe arranque lagrimas tão sentidas? Que faria elle no meu logar, se tivesse tantos motivos de dor, quantos eu tenho. Inundava de pranto a scena, aterrava os espectadores pela sua expressão terrivel, fulminava o culpado, atemorisava o innocente; attonitas ficavam as almas simples, e a commoção aos sentidos da vista e do ouvido seria geral. E eu, alma tibia, intelligencia confusa, fico n'uma estupida inacção, indifferente á minha propria causa, e nada acho que dizer, nada, mesmo nada a favor de um rei que perdeu a corôa e a vida pelo mais inaudito attentado! Ah como sou cobarde! Infame me deveriam chamar, esbofetear-me, arrancar-me as barbas, lançar-m'as ao rosto com o desprezo; insultar-me deveriam todos, dizer-me que pela gorja menti, e obrigar-me a soffrer calado todos os vilipendios possiveis. Quem quer fazel-o. Por vida minha que era justo; é forçoso que eu seja inoffensivo como uma pomba sem fel, para levantar uma offensa, para não ter feito pasto dos abutres as entranhas d'esse miseravel, sanguinario e impudico scelerado. Monstro de perfidia, juntas ao assassinio o adulterio! Como sou estupido!

Portanto, desde que se tenha esse bello dom natural, que faz de nós um poucochinho mais do que a vulgaridade, não acho razão nenhuma para que se queira tirar á mulher o direito de publicamente mostrar que é um pouco superiora ás outras. Eu, sou d'aquelles que digo: que o saber não occupa logar, e, que, antes quero ver uma mulher pintar bem um quadro, do que pintar os olhos e os labios.

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