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Atualizado: 14 de setembro de 2025


O teu typo era a mulher magra, vaporosa, sentimental. Gostavas das olheiras, das rosetas da febre, e sobretudo da pontinha de tosse, como regularmente se diz. Isso foi antigamente, meu amigo, quando eu tinha vinte annos, e conservava intacta a riqueza que herdei de meus paes.

O conego Dias era muito conhecido em Leiria. Ultimamente engordára, o ventre saliente enchia-lhe a batina; e a sua cabecinha grisalha, as olheiras papudas, o beiço espesso faziam lembrar velhas anecdotas de frades lascivos e glotões.

Era alto e grosso: tinha uma calva larga, luzidia e lisa, com repas brancas que se lhe erriçavam em redor: e os seus olhos pretos, com a pele em roda engelhada e amarelada, e olheiras papudas, tinham uma singular clareza e rectidão por trás dos seus óculos redondos com aros de tartaruga. Tinha a barba rapada, o queixo saliente e resoluto.

Tinha uns longos lábios froixos, a face pendente, e o assetinado fulgor dos olhos castanhos perdia-se afogado na papugem abundante das olheiras. Tôda de negro, como o marido, com o volumoso espaldão dos ombros resguardado por uma capota ligeira de veludo.

A mãe entrou no quarto devagar, foi abrir as janelas de mansinho, supondo-o a dormir, bem sossegado. Quando o viu vestido sôbre a cama, com uma palidez desfeita e olheiras fundas, correu p'ra êle, pôs-lhe a mão na testa, e perguntou branca de susto, a tremer tôda: Que tens tu, meu filho? Estás doente? Porque dormiste assim todo vestido?!... O Veiga olhou-a lorpa, emburrecido.

Para mim não valeis seu riso ameno, E aquellas lindas, languidas olheiras! Nunca mais... eu bem sei que nunca mais... Ouvir-lhe-hei seus ais no ar calado, Junto á janella á tarde no bordado, E entre as murtas do outono... Nunca mais! Quando á tarde, no occaso, os penetrantes Cheiros das plantas nadam pelos ares, E que as vermelhas nuvens singulares Tomam formas de sonhos fluctuantes,

O cabelo embranquecia-lhe nas fontes; a péle amarelecida, enrugava-se impercétivelmente a princípio, mas visivelmente nos últimos dias em que umas olheiras inchadas lhe davam no rosto o aspéto desolador da doença que lhe fizera do coração uma pobre maquina sem regulamento.

Pela abundância cálida do cabelo uns toques déstros de ferro haviam passado, ondeando-o ao de leve; não menos déstras pinceladas de kohl haviam engrossado a linha sensual dos cílios, haviam como que incendido num voluptuoso fogo latente a macerada sombra das olheiras; e daquela plástica impecável os movimentos rítmicos podiam íntegros surpreender-se e adivinhar-se, pelas indiscretas lisuras e os denunciadores refegos do precioso kimono de sêda grenat que os cingia apenas, sôltamente, deixando por inteiro a nu os antebraços e a alvura do colo deslumbrante, que nas suas linhas de contacto com a sêda adquiria reflexos duma rosada e fluida transparência, como se fôra carne feita de pérolas moídas.

Estava muito acabada, olheiras fundas, os angulos faciaes descarnados, os beiços roixos, calcinados pela combustão dos licores. Na epiderme transparente não lhe revia o rubor setineo do sangue colorante. Sobre as saliencias malares, manchas rubras que poderiam ser de vermelhão ordinario ou da febre ethica; os tegumentos pareciam emplastados por uma camada de velha cêra amarellada.

As abas do casaco desabotoado, onde batia com os braços a dar, a dar, faziam-o parecer na sombra, quando passava junto dos candeeiros, um grande morcego ferido a querer esvoaçar. Vinha de dentes ferrados, olhar fixo, olheiras pisadas. se ouviam os barulhos antipathicos do amanhecer na cidade.

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