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Atualizado: 18 de outubro de 2025


O sancto Nunalvares, os mestres das ordens e os outros fidalgos, roubavam os mantimentos nas povoações por onde passavam: os alcaides-móres em vez de pagarem ás guarnições dos castellos, pediam gente dos concelhos para os guardar; e os senhores quando se achavam n'alguma povoação com homens de armas, bastantes para sopear os villãos, deixavam-se ficar ahi, comendo e bebendo sem pagar e forçando mulheres.

Nunalvares abriu a porta, e alongando a cabeça voltou-se immediatamente, e disse: "O corregedor da côrte." Os dous fidalgos pararam na extremidade do aposento, calaram-se, e conservaram-se immoveis. A rainha fez signal com a mão a Nunalvares para que esperasse: o donzel ficou á porta sem pestanejar.

Alli, no sitio daquella porta, por onde o, depois tão celebre, Nunalvares sairia muitas vezes nessa conjuctura a espalhar o terror e a morte entre os homens de armas inimigos, venha a lide incruenta sobre o preço da couve, sobre o viçoso ou murcho das favas, substituir o grito clamoroso de S. Jorge, que chamava nosso avós, os rudes burgueses do seculo XIV, aos combates em defesa da patria.

Temerarias, audazes, quasi loucas ambas, exprimem ambas a suprema sabedoria; porque traduzem o até ahi indefinido querer do povo, e empregam os meios unicos de salvação. Nunalvares faz de toda a fronteira o theatro de incessantes campanhas, pouco ou nada attende ás ordens do Defensor-do-reino, por vezes desobedece formalmente.

Era sábia a arte com que ponderava os conflictos inevitaveis de Nunalvares com João das Regras: do cavalleiro idealista e heroico, e do habil, consummado politico: do representante ingenuo de douradas phantasias, com o frio calculador das cousas positivas; do ultimo homem da Edade-média, com o primeiro do novo Portugal monarchico.

João das Regras, emulo de Nunalvares, não perdeu este ensejo de lhe pôr pêcha; mas D. João I que conhecia serem esses dous homens as pedras angulares de seu throno, escutava-os sempre com respeito, salvo quando falavam um do outro; posto que o condestavel, homem mais de obras que de palavras, raras vezes menoscabava os meritos do chanceller, contentando-se com lançar na balança, em que João das Regras mostrava o grande peso da sua penna, o montante com que elle Nunalvares tinha em cem combates salvado a patria do dominio estranho, e a cabeça do chanceller das mãos do carrasco, de que não o livrariam nem os gráus de doutor de Bolonha, nem os textos das leis romanas.

Quando acabou a leitura, elrei tirou da bolça que trazia ao cindo o sêllo de camafeu, e sem dizer palavra entregou-o ao corregedor. Este pegou na tocha de Nunalvares, deixou cahir alguns pingos de cera no fundo do pergaminho, assentou-lhe em cima um fragmento de papel que tirára da ementa, e cravou neste o sêllo. As armas d'elrei ficaram ahi estampadas. O corregedor fizera isto com a promptid

O corregedor da côrte levantou o pergaminho, affastando-o dos olhos, e interpondo a mão aberta entre estes e a tocha que Nunalvares segurava: tossiu duas vezes, inclinou para traz a cabeça, e com o tom cheio e solemne de um mestre em degredos, leu: "Item: Fern

«Os que estão, porém, na sala que fica no topo da escada da banda esquerda são de ouro, prata, e seda, lavrados de figuras representando uma victoria ganha por Nunalvares, condestavel de Portugal, contra os castelhanos.... Dos mesmos pannos está forrada outra sala tambem no cimo da escada, da parte opposta, bem como a camara e antecamara do Legado, na qual estava uma cama de brocado d'ouro de canotilho, a mesa d'estado coberta da mesma tela, a cadeira de veludo carmesim franjado d'ouro, e o chão alcatifado de finissimos tapetes.

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