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Atualizado: 19 de junho de 2025
E o maldito carro sem chegar ao fim daquela corrida que o estava atormentando! Batia nos vidros da frente, com os nós dos dedos para que o cocheiro fizesse galopar os cavalos mais apressadamente. Parecia-lhe que já há muito tempo rolava, aos solavancos, dentro daquela caixa fechada e sem ar, através do burgo solitário, e isto excitava-lhe os nervos... Por fim, o carro deteve-se de repente. Frederico, olhando para fóra, reconheceu o seu retiro, a sua vivenda; saltou para o passeio, deu uma gorda gorgeta ao cocheiro que tirou o chapéu agradecendo, sacou do bôlso um mólho de chaves niqueladas, abriu a porta e sumiu-se na treva. Depois, raspando um fósforo, subiu ligeiramente a escada, procurando não fazer barulho para não despertar o criado que dormia, entrou no seu escritório, acendeu o gás que ardeu num leque de luz dentro da tulipa de cristal, sibilando em surdina, e olhou para cima da larga mesa de pau preto em que escrevia. Lá estava a carta de Nuno, efectivamente. Logo a reconheceu pela letra que negrejava no enveloppe uma letra de traços finos e firmes em que se denunciava alguma coisa do carácter do amigo a sua franqueza, a sua energia, a sua vontade sem hesitações. Rasgou o sobrescrito com frenesi, como se êle representasse um forte obstáculo com o poder de lhe demorar ainda durante muito tempo o conhecimento duma verdade que queria saber imediatamente e logo encetou a leitura. Nuno, como pensara, dizia-lhe o motivo do seu regresso
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