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Pouco a pouco amotinou-se-me o sangue, senti baterem-me as arterias da fronte... as lettras fugiam-me do livro, levantei os olhos, dei com elles na pobre nau Vasco-da-Gama que ahi está em monumento-caricatura da nossa glória naval... E eu não vi nada d'isso, vi o Tejo, vi a bandeira portugueza fluctuando com a brisa da manhan, a tôrre de Belem ao longe... e sonhei, sonhei que era portuguez, que Portugal era outra vez Portugal.

Pedro de Mariz e a serie de biographos mais antigos testificam que Simão Vaz, tendo naufragado em terra firme de Gôa, a custo se salvára e morrera depois n'esta cidade. Ora, em 1552, a nau Zambuco varou no rio de Seitapor, a trinta leguas de Gôa, salvando-se a tripolação. Seria essa a nau em que Simão Vaz de Camões ia novamente no engodo da fortuna esquiva? Se era, em março de 1553, quando Camões sahiu do carcere, a morte de seu pai não podia ainda saber-se em Lisboa.

Desembarcaram, os restos da náu da India; e achou-se que tinham 5 espingardas, 5 espadas e um barril de polvora. Eram ao todo 98. Dos remos fizeram contos de lanças, e ferros das verrumas dos carpinteiros. Formaram em columna, seguindo costa em fóra, em demanda de Lourenço Marques.

Ora, contra esse forte temporal protestam energicamente os dois melhores documentos que possuimos da viagem de Cabral: as cartas que Mestre João, o cosmographo da frota, e Vaz Caminha, o escrivão, enviaram ao rei d. Manuel, de Porto Seguro, pela nau que dahi partiu a 1.º de maio, de regresso a Lisboa, para dar conta do feito ao monarcha.

Fundeou a nau na bahia de Cascaes em abril de 1570, e assim terminaram as longas perigrinações do Poeta. Dez annos depois, a 10 de junho de 1580, morria Luiz de Camões, pobre e desamparado, e «vereis todos, escrevia elle pouco antes de deixar o mundo, que fui tão affeiçoado á minha patria, que não sómente me contentei de morrer n'ella, mas de morrer com ella

Se o Infante D. Henrique é o nome prestigioso que preside a todos estes trabalhos, se o dr. Pedro Nunes é o theorico eminente, mestre dilecto e respeitoso que nos Roteiros a cada momento se relembra, o nome de D. João de Castro, do infatigavel capitão da nau Grypho e do galeão Coulão Novo, é decerto o do portuguez do seculo XVI que mais nobremente praticou a arte de navegar.

Fechemos pois aqui a historia, dando apenas succinta conta dos acontecimentos ulteriores. O conselheiro partiu no dia seguinte para Lisboa, para tomar parte na pilotagem da nau do Estado.

Na náu em que fôra á India D. Antonio de Noronha iam 900 pessoas: metade morreu na viagem. Além d'isso os capitães era sabido roubavam nos mantimentos, e para poupar, escolhiam generos da peior especie. Tudo ia avariado e podre, a agua corrompida. N'uma viagem de seis mezes, como a da India, abasteciam-se para cinco apenas: d'ahi resultavam fomes. Estas conversas exaltavam muitas vezes os animos.

Os tropheos da Inglaterra, como os tropheus de Melciades, perturbavam o somno do hospede desterrado. No momento de embarcar em a nau ingleza, Napoleão repellia o general Becker que se abeirava d'elle para despedir-se, e dizia-lhe: Retire-se general. Não se diga que um francez veiu entregar-se nas mãos do inimigo. Themistocles não esquecia a gloria de Melciades.

E ás dezeseis mandou el-rei pôr o fogo, porque se não podiam reparar: e dos remos, e outros apparelhos, não se salvou senão mui pouco, que pozeram em uma nau de Laredo, que ahi estava.

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