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Em todo o caso, para os de mais desdenhosa ufania da civilização europeia, imaginando a America demasiado moça ainda para muito poder sentir e pensar, para quem apenas tenha observado na America a torrente do seu mercantilismo e a julgue destituida da alta espiritualidade que é o nosso brazão, convém notar que os livros de Tolstoi se vendem aos milhões nos Estados-Unidos da America, e os de Ruskin «são lidos mais largamente na America do que na Inglaterra.» A mais alta elevação da alma de que a Europa foi capaz no século XIX e que esta personificou esplendidamente em seus profetas, é comum na sua disseminação e influencia ás praias de aquem e de além-mar, porventura mais querida na terra virgem do que no chão exausto.

Quem se presume bastante sobrio, bastante comedido nos prazeres licitos, menos egoista em suas legitimas affeições, menos desinteressado em seus lavores e mercantilismo, bastante paciente nos revezes e resignado nas desgraças? Quem se crê assaz justo, caritativo e perfeito?

Desta forma, o Silveira, sensível ao contágio do mercantilismo ambiente, perdido, como tantos outros, na embriagadora miragem dum engrandecimento rápido e retumbante, nos dias subseqùentes dava-se com afinco

Dessem a Antonio Candido os soberbos assumptos, que Emilio Castellar tem tido na sua brilhante e revolta existencia de agitador e de tribuno; dessem-lhe a vizão radiosa e juvenil da Democracia e da Liberdade, que deslumbrou na aurora da sua vida publica, esse bello Atheniense chamado José Estevão; dessem-lhe o theatro collossal em que representou esse titan de cabeça convulsionada e febril que foi Mirabeau; e veriam se não era egual a qualquer d'esses, sem comtudo se parecer com nenhum d'elles, o homem que póde, ainda hoje, em Portugal, n'este momento de victorioso mercantilismo e de arranjos e combinações deprimentes, fulminar de admiração um auditorio de burocratas, fazer tremer de enthusiasmo uma assembleia de homens de negocios!...

De nada serve dizermos com uma presumida piedade que estamos em campo para banir a guerra e o militarismo, animando nós entretanto em nossa própria vida e em a nossa igreja, ligas do império e outras instituições, o mais sordido e egoista mercantilismo, que em si é essêncialmente uma guerra, apenas uma guerra de um género muito mais insignificante e mais cobarde do que aquele que se assinala no embate das tropas ou na furia das espingardas e dos canhões.

Para o mundo, egoista e utilitario, são idealistas e são sentimentalistas, todos os que lhe não acceitam as falsas convenções e o tôrpe e vilissimo mercantilismo. E é precisamente de idealistas e de sentimentalistas que carecem e precisam as sociedades modernas! As grandes commoções da historia foram um producto do ideal e do sentimento humano.

Organisarão forças militares de mar e terra; o serviço aduaneiro pertence-lhes; o proprio «regimen judiciario», se fica ainda ostensivamente nas mãos do Estado, é com a condicção de ser organisado «d'accordo» com essas emprezas; ao «governo» melhormente á Nação fica vedado, por um quarto de seculo, pelo menos, o direito de lançar ou cobrar contribuições directas ou indirectas n'aquellas vastissimas parcellas do territorio nacional, e na bandeira portugueza, na gloriosa bandeira que por aquelles sertões a dentro, em mãos de soldados de Christo ou de soldados do Rei Fidelissimo recebeu durante seculos o preito e a vassallagem dos indigenas como symbolo de um poder e de um direito redemptor e soberano, imprimirão os concessionarios de agora, terminantemente os authorisam os decretos, um carimbo de mercantilismo e de monopolio particular.

de Miranda, que se sentira aturdido com a desenvoltura, a dissolução dos costumes que presenciara em Italia, ficou apavorado ao conhecer o avassalador mercantilismo da côrte portugueza. Com que energia a invectiva depois: Escravos mais que os escravos, Por rezão e por justiça Deixai-vos dos vossos gabos, Que vos vendeu a cobiça A mar bravo e a ventos bravos!

Porque não falla, elle que o sabe tão bem, aos que teem sêde de uma palavra de vida; aos que não julgam grosseiramente que é de pão que vive o homem d'hoje. E não é! Não o calumniemos, ao pobre homem d'hoje, tão mal pintado pela litteratura decadente d'este tempo. Nunca, no meio do mais asqueroso mercantilismo, houve mais violentas aspirações idealistas!

Uma das accusações mais frequentes que hoje se dirigem aos homens é que elles são egoistas, interesseiros, que introduzem o calculo e as finanças no que devia ser um impulso espontaneo do coração, que confundem um pouco nos seus sonhos do futuro o mercantilismo e o amor.