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Atualizado: 11 de junho de 2025
O vento soprava d'aquelle lado, e trazia nas suas azas as lugubres vibrações do bronze. Ouviu-se em profundo silencio uma, duas, tres... doze badaladas. Meia-noite! disse naturalmente o doutor, quebrando o silencio em que todos estavam, porque todos tinham estado contando as horas. Mas a voz do doutor tambem tomára involuntariamente como que uma sinistra entoação. D. Isaura soltou um grito.
D'ouvido attento, os olhos pretendendo desvendar a escuridão, Ronquerolle espreitava os caminhos, os atalhos, os campos. Esperava-a impacientemente, queria vel-a, correr ao seu encontro. Cêrca da meia-noite, uma fórma occulta e mobil appareceu lá no fundo d'um caminho orlado de macieiras. Surgia como uma sombra na direcção dos «Passeios».
Jesus! disse ella. Que tem, minha senhora? perguntou Henrique sollicito e afflicto. Meu Deus! exclamou Isaura, é que me aterraram com as suas loucas historias, é que me puzeram n'um estado incrivel de sobre-excitação nervosa. Meia-noite! vê? Meia-noite é a hora dos phantasmas, é a hora das apparições! E esta sala é tão lugubre, e este silencio é tão agoireiro!
E o senhor Barbosa com ares de ter tido uma lucta movimentada mais do que permittia a força humana sentou-se limpando o suor da testa n'um allivio: Felizmente está tudo resolvido! e voltando-se pra mim declarou-me que á meia-noite ia jurar a um sitio secreto que eu não era germanophilo. As avenidas alli n'aquelles sitios mal iliuminados faziam-me, não sei porquê, lembrar dos apaches de Paris.
Disséreis que ao soar da ave da meia-noite, desferiu vôo d'entre as estrellas, de que se corôa a montanha, côro de Anjos a dar rebate aos pegureiros com o pregão de «Gloria e Paz», com a nova de ser nascido o Desejado das gentes. ¡Tanto é o ruido de alegres passos e falas, que de toda a parte confluem pelo escuro em demanda do Menino!
O seu numeroso amigo Leotte, em agradecimento da dedicatoria, pegou no Maldonado ao collo. Uma ovação! A breve trecho, o relogio do Victor dava meia-noite. Mas então, apostrophou o Gonçallinho, a gente ha de ir-se embora sem ouvir os rouxinoes?! Vozes, ao levantar da feira: Amanhã! Amanhã! O Gonçallinho Jervis disse-me que ia para o seu quarto escrever. O que vaes tu escrever, meu lyrico?
A lua estava em quarto minguante, o céu limpido e de um azul escuro carregado onde as estrellas brilham de uma maneira extraordinaria. A brisa nocturna roubava a essencia perfumada das flôres, e, sempre prodiga, espargia pelo ambiente como se tivesse envergonhado d'aquella usurpação. N'um relogio de torre soou a meia-noite.
V. ex.^a está no meio d'um batalhão de gente viva capaz de affrontar dois subterraneos de Anna Radcliffe, tres conventos de Lewis, reforçados ainda pelos mil e um phantasmas de Alexandre Dumas. Oh! tornou Isaura toda tremula, mas é que a meia-noite soou de um modo tão lugubre... E nós a esta hora ainda a pé... V. ex.^a deita-se mais cedo em Lisboa? perguntou o doutor. Não, mas...
Tu hasde dizer que corres como o pensamento, agarra nella, e foge. Corre quanto podéres! Só estarás em segurança agarrado á corda do sino da igreja, depois do galo preto romano cantar pela terceira vez depois da meia-noite. Corre, corre quanto podéres, e livra-te de olhares para traz, oiças o que ouvires, sintas o que sentires.
Saudemos, meus senhores, a ultima meia-noite que passa, e vamo-nos deitar. Todos se riram, e um borborinho alegre encheu d'ahi a pouco os corredores da habitação. Ainda por algum tempo se sentiu o rumor de portas que se abriam e fechavam, de passos que se perdiam ao longe, de vozes que se despediam.
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