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Atualizado: 17 de maio de 2025
«Minha mulher e meu sogro cumprimentam-n'o e desejam vêl-o brevemente em Madrid restabelecido da sua doença Seu amigo Fernando del Villar.» Ernesto leu duas vezes a carta, e, soltando um suspiro, murmurou em voz baixa: Eis-me amigo do conde de Loreto, de um homem com quem estive a ponto de me bater.
E ás duas horas, dentro de uma tipoia, para que o macadam regado me não maculasse o verniz dos sapatos, parava na Havaneza, pallido, perfumado, commovido, com uma tremenda rosa de chá na lapella. Eramos assim em 1867! Marcos Vidigal já me esperava, impaciente, roendo o charuto. Saltou para a tipoia; e batemos através do Loreto, que escaldava ao sol do agosto.
Dizes no teu artigo que o quadro é propriedade do conde de Loreto, que o comprou em Roma, com a condição de que Esther fosse o retrato de sua futura mulher, e isso não é verdade. Meu amigo, ás vezes a mentira, que tem alguma cousa de santa, é indispensavel. Comtudo o conde não te comprou o quadro. Mas se eu lh'o offereço. Isso não póde ser. Tu és pobre e nos não consentimos... Mau!
Entretanto, o conde de Loreto fechava-se no quarto, permanecendo o resto do dia sentado n'uma cadeira. Nem elle mesmo poderia dizer se o somno se assenhoreou d'elle algum momento.
Acompanhado por Guaranys armados seguio Moraes por terra para Villa Rica, que distava não menos de sessenta leguas de Loreto. Conservárão-no ahi preso os padres da povoação por mais de dous mezes, esperando que se apromptassem as balsas que tinhão de expedir para Villa Real com generos e objectos de mercancia.
Depois dava um charuto a Mauricio, accendia outro, apezar da tosse que o fumo lhe causava, e continuava pintando. No quarto do pintor, graças ás offertas do conde de Loreto, encontravam-se todas as commodidades apetecidas. Quatro pelles de leão almofadavam o sobrado; duas commodas cadeiras de braços forradas de marroquim recebiam o pintor quando se sentia fatigado.
Amparo e o conde falavam de musica; o mordomo e D. Ventura, de numeros. O honrado millionario estava satisfeito por ter encontrado tão bons companheiros. Uma vez em Paris, como D. Ventura era um homem rico que viajava por prazer e não tinha casa na moderna Babylonia, deixou ao conde de Loreto a escolha do hotel onde deviam hospedar-se.
Desde que cheguei a Madrid, e assim que soube que a senhora pertencia a outro, que era a esposa do conde de Loreto, senti tão profunda dôr no coração, tão grande magua na alma, que só então pude avaliar a enorme paixão que me tinha inspirado. Não sou d'aquelles homens que se resignam a perder n'um momento as esperanças que durante muito tempo acariciaram.
O quadro tinha sempre um grupo de admiradores, que o contemplavam com verdadeiro extasi. Uma manhã Ernesto acabava de se levantar quando José, o creado, entrou participando-lhe que um cavalheiro lhe desejava falar. Esse cavalheiro não era outro senão Fernando del Villar, Conde de Loreto.
Em dia e meio pintou uma formosa mãe do Nazareno, de corpo inteiro; mas aquella virgem, apezar da doce melancholia do seu semblante, era um perfeito retrato da condessa de Loreto. Evidentemente aquella obra feita de momento, aquelle trabalho feito ás portas da morte, era uma das melhoras obras de Ernesto. Mauricio e Petra ficaram assombrados ao verem-no concluido. Ah!
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