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Atualizado: 20 de maio de 2025


Muito ha que se foi d'este mundo o unico sujeito, de que me eu lembro, capaz de entender o sr. dr. Liborio, e capaz de fallar portuguez digno de s. ex.^a. Era o chorado defuncto um personagem que foi uma vez consultar o dr. Manuel Mendes Enchundia, ácerca d'aquella famigerada casa que elle tinha na ilha do Pico, com um passadiço para o Baltico.

Foi para Coimbra: fez-se examinar em latim, e foi reprovado. Desde este funesto dia de sua vida, Liborio começou a dizer que era sabio, e, por vingança dos examinadores, traduziu um poema latino com tanta claresa e fidelidade, que o poema original ficou sendo muito mais intelligivel aos ignorantes de latim, do que a versão; com que a memoria de Lucrecio fôra ultrajada.

Emancipou o coração, e obedeceu-lhe. Assistiu ainda o deputado a algumas sessões parlamentares. Floreou os seus discursos com as recordações do progresso industrial no estrangeiro. Enlevou-se nas delicias de França, e não andou por muito longe da phrase arrobada do dr. Liborio de Meirelles na apologia dos esplendores estranhos, e lamentações das miserias da patria.

O collega Liborio estava na aula a ensinar geographia aos rapazes. O padre-mestre chamou por elle em altos berros. O Liborio veiu á porta vêr que afflicção era aquella. Era o padre-mestre, que lhe gritou: Não ha duvida, não senhor; Você tem razão n'aquillo dos antipodas! Porque, ó padre-mestre? Porque eu vi um. Viu um! Vi-o com estes que a terra hade comer. E onde é que o viu?

Não comprehendo a razão do insulto! disse Liborio. Será fora concluiu Calisto e saiu. A gente, que rodeava o doutor portuense, comportou-se bem: cada qual, dizia de si para comsigo, que, se o caso fosse com elle, o provinciano enguliria a injuria com uma balla; assim, como não era com elles o caso, Calisto mereceu a Deus a felicidade de não ser varado de ballas.

O presidente: Fica reservada para amanhã a palavra ao sr. dr. Liborio de Meirelles, e está fechada a sessão. O dr. Liborio de Meirelles era o deputado portuense, que pedira a palavra, durante o discurso de Calisto Eloy. Que sairá d'aquelle arganaz? perguntou o morgado de Agra ao abbade de Estevães. Dizem que é moço de muita sabedoria, e que escreveu livros.

Formou-se e doutorou-se Liborio, sem impedimento de uns rr que, alguma vez, lhe acalcanharam o orgulho. Em seguida foi visitar a Europa; e, de volta aos lares, achou-se no regaço da estupida fortuna que o beijou, na fronte, e lhe disse: «este anhelito de meus beiços côa-te fogo ao cerebro! Amo-te, porque careço de ti.

Liborio de Meirelles, sujeito de trinta e dois annos, cara honesta, e posturas contemplativas, reunia os predicados que nos outros paizes ou passam despercebidos, ou são solemnisados pela irrisão publica; mas, em Portugal, taes predicados alçam o homem ao cume da escala politica, e dão-lhe escolta de absurdos propicios até onde o parvo laureado quer guindar-se.

Se o sr. dr. Liborio me não lançasse da sua presença com tamanho desamor, havia de perguntar-lhe por que foram Athenas e Roma bem morigeradas quando pobres, e corrompidas quando ricas e luxuosas? Havia de perguntar-lhe que artes e sciencias progrediram entre os sybaritas e lydios, povos que a mais elevado gráo de luxo subiram?

Peço-a em nome dos illustres finados Luiz de Sousa, Barros, Couto, e quantos, no dia do juizo, se hão de filar á perna do sr. dr. Liborio. O presidente: Peço ao illustre deputado que se abstenha de usar phrases não parlamentares.

Palavra Do Dia

chryssus

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