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Atualizado: 12 de junho de 2025
Um malvado, cego e venal instrumento de Lagarde, descobriu o nosso ultimo asylo, e prendeu-nos á traição... «Com que socegada ignorancia te ouvia eu pintar a vida, que nos aguardava fóra das grades da nossa prisão dourada!... Com que vaidade infantil me compadecia das fragilidades das donzellas, cegas de amor, que tudo arriscam por seguir o eleito da sua alma!... Castigou-me Deus!
Pois sim. Uma palavra antes, sr. Lagarde.
Adivinho a resposta. Regeitou!... Regeitei! continuou a donzella. A minha mão pertence a outro; o meu amor não se vende. Nem o meu nome se infama! rugiu Aubry tremulo de raiva. Sr. Lagarde agradeça ao sangue, que nos corre nas veias, a minha paciencia! Se não fosse! E suffocado em ira apertou os punhos, e levou-os á fronte. Lagrimas de indignação rebentaram de seus olhos seccos.
No momento, em que entrámos, a discussão, acalorada, tinha-se interrompido de salto com a chegada de Lagarde, o qual rebentára do antro da policia grávido de cuidados, de apprehensões, e de pessimas noticias.
Faça-se a vontade ao teimoso, contestou Lagarde, depois de alguns instantes de reflexão, tirando o relogio do bolso, e consultando-o. São dez horas. Ao meio dia aqui te espero.
Leva ao seu imperador um exercito que devia ficar prisioneiro... Se o derrotassemos!... Derrotavamos de certo. Não tinha retirada. E o traficante de Lagarde, que sae a barra cheio, como um ovo, de tudo o que roubou com as garras da policia. A proposito, viu d'Aubry? Como supportou elle a noticia?... Da capitulação? Como um homem de brios e de grandes espiritos. E conta partir, e deixar-nos?
Lagarde, como se adivinhasse, tocava em todas as partes melindrosas da minha alma e offendia-as. Tornou-se por tal fórma transparente a ironia, que se me figurava ouvil-o rir por dentro da eloquencia, que estava gastando em convencer a herdeira sómente cobiçada, para remir do naufragio a mocidade tempestuosa d'aquelle sobrinho, arruinado e invisivel, cuja causa advogava.
Diga dentro de casa, e quasi senhores d'ella, que diz a verdade! redarguiu Lagarde meio suffocado. Ouçam o resto. Ainda não li tudo.
Duvida do meu coração, ou da minha fé!? Pela vida de meu pae estou prompta a immolar tudo, menos... a honra do seu nome, que é sagrada, e a minha alma, que é livre... O esposo, que posso ter, já o escolhi. Obrigado, Leonor, pela doce promessa! Partirei tranquillo... Mas, então porque escuta Lagarde? Com que espera movel-o?...
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