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Atualizado: 12 de junho de 2025
Sublime!... clamava Junot estorcendo-se entre risadas. Excellente! Deixae-me rir, Lagarde. Sois um homem unico para desterrar tristezas. Herman, Lunyt, e o intendente olhavam uns para os outros, pasmados, e não sabiam se deviam conservar-se serios, ou imitar o general. Magendie, militar e resoluto, ria a ponto de lhe saltarem as lagrimas dos olhos. O plano peccava pela ingenuidade.
O sobrinho de Lagarde saltou de manso á casa, engatilhou as pistolas, e com ellas nas mãos, e a espada núa debaixo do braço, pé ante pé, encaminhou-se á entrada do quarto, em que repousava Lassagne. Achou-o erguido tambem, e armado. Com o dedo sobre os labios recommendou-lhe silencio. Os dois apenas trocaram um gesto. Não era preciso mais. Estavam entendidos.
Seguiu-se uma pausa curta durante a qual a vista do ministro se cruzou com a da donzella, frias e penetrantes ambas como duas espadas. A um aceno cortez da filha de Paulo de Azevedo, offerecendo-lhe cadeira, Lagarde escusou-se com o gesto, ajuntando logo risonho: Minha senhora... Venho como supplicante mover a piedade da belleza deshumana, e os supplicantes não se assentam em presença dos juizes.
Junot, que assistia da varanda do palacio do Rocio ao religioso acto, e cujos olhos indagadores não cessavam de espreitar o menor indicio de agitação, vendo tudo sereno e socegado, e os maus prognosticos desmentidos, ria-se já sem disfarce dos receios do intendente Lagarde, e perguntava-lhe em ar de mofa pelo nome dos malsins assustadiços, que tinham inventado a conspiração, talvez para os promover na falta de concorrentes ao logar, ainda vago, apezar da sua proclamação, de Camões do reino do Algarve!
Um velho e sua filha. Os nomes não m'os souberam dar. Nem é preciso! interrompeu Manuel Coutinho em voz soffocada, e com os olhos inflammados. O infame Lagarde cumpriu a promessa. Verá se a de um portuguez lhe fica atraz! Os nomes sei-os eu; dizia-m'os o coração antes de aqui entrar. Mas!... Conteve-se, e caíu em reflexão profunda.
Por Deus, senhor Lagarde, não tente a minha paciencia! bradou o official empallidecendo de colera, em quanto as pupillas scintillantes faiscavam mil ameaças. Se não estiver livre e absolvido... como lhe mando!... ouve? juro-lhe pela santa memoria de minha mãe, á qual deve só n'este momento a vida! que ámanhã o nome mais infame do imperio será o seu!...
De que serve?!... Serviu, bradou Lagarde enfurecido, para não cairmos umas poucas de vezes nos laços dos conspiradores! Inaudita pergunta! De que serve a policia! De accordar os que dormem, de velar pela ordem, de conter e reprimir os maus sentimentos de uma população que nos detesta. Achais pequeno milagre conservarmos ainda Lisboa, quando o reino todo se levanta e os inglezes marcham contra nós?!... De que serve a policia?!
Livre, ou em ferros, o desprezo será egual... Antes a clausura, antes a vida errante que levo ha mezes, antes as estreitezas de uma prisão, do que a infamia de um laço apertado sem amor pela avidez! Lagarde não tornou a falar-me. Sómente poucos dias depois, sahi a cavallo, e encontrei-o com Loison, general maneta, que dizem ainda mais perverso. Pararam para me vêr passar.
E os da senhora condessa ainda mais!... observou Lagarde trespassando o general com a vista afiada e ironica. Uma nuvem escureceu a fronte do duque de Abrantes. Aquella seta viera cravar-se-lhe direita no peito.
O semblante perdeu a expressão severa, e a voz, meiga e commovida, vibrou harmoniosa, como um canto suave, no peito agitado do official francez. Agradecida! redarguiu offerecendo-lhe pela primeira vez a mão, que elle beijou estremecendo. Não tenho que lhe perdoar... Agora vejo! O sr. Lagarde... como hei de dizer toda a verdade!? O sr.
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