United States or Serbia ? Vote for the TOP Country of the Week !


«Explicarei isto pela pureza do sangue lusitano; elles não se misturaram com os Celtas, que haverá quatro seculos invadiram a Hespanha e conseguiram alliar-se e fusionar-se com os Iberos. Na Lusitania não aconteceu como nas Gallias, quando ahi se effectuou a conquista do Celta invasor; o lusitano não cahiu na servidão militar como o gaulez. O povo vive espalhado por casaes, villares, pobras, agricultando, deixando o trabalho dos campos ás mulheres, desde que é preciso correr ás armas para defender a terra; as Cidades são confederadas entre si, tambem no intuito da defeza, e para o fim de governo administrativo. São elles que votam em Conselho armado a guerra defensiva, e que elegem os seus chefes e generaes, declarando cada povo ou localidade com quantos Cavalleiros ou infantes contribuirão para a guerra contra os Romanos. Os Chefes eleitos apresentam-se na entrada de Maio promptos para a campanha, seguidos dos seus Companheiros, que são todos os homens seus dedicados, soldurios e protegidos, que os seguem por toda a parte, e lhes obedecem incondicionalmente.

Os Iberos foram acceitando o governo ou propriamente o jugo dos Romanos; os Lusitanos, que em Roma pelo testemunho dos seus generaes são considerados os mais valentes e destemidos dos Povos celtibericos, são os que resistem ao estrangeiro, os que aspiram a ter uma Patria livre.

Vós, habitaes esta parte da Celtiberia, que tambem é Lusitania; porque os povos que aqui vivem não são Iberos, são Lusonios separados pelo rio Ebro, sobre a sua margem direita.

E como essa alliança nem pela necessidade da defeza mutua póde trazer a um accordo Iberos e Lusitanos, é por isso que as rivalidades entre os Carthaginezes e Romanos trouxeram estes guerreiros a repellil-os do nosso territorio, mas a impôr-nos cruamente o seu dominio, arrasando as nossas cidades, e roubando-nos ignobilmente pêlos seus Pretores.

Nas cidades dos povos denominados Celticos e Iberos havia um certo ciume contra a aspiração hegemonica dos Lusitanos; mas nem por isso se ligou menos interesse ás narrativas dos foragidos da matança de Galba.

Por mar os Phenicios e os Jonios do Mediterraneo lançaram-se no esteiro das suas navegações e mettiam a pique todos os baixeis liguricos que encontravam. N'esta longa lucta é que os Ligures foram succumbindo; sobretudo na Hespanha, quando os Iberos, vindos do norte da Africa, aqui entraram e monopolisaram o commercio do estanho que iam buscar ás Ilhas Cassitérides.

Se a erudição podesse demonstrar a unidade da raça iberica, então os lusitanos baixariam á condição de uma variedade sem autonomia; facto é, porém, que pouco ou nada sabemos, nem de iberos em geral, nem de lusitanos em particular, e por isso as fabulas dos velhos antiquarios não merecem a attenção moderna. Não haverá, porém, acaso outro caminho para atacar este problema?

Deixemos para além do Ebro o povo dos Iberos, que amam a auctoridade fortemente constituida; contemos comnosco, Lusitanos a quem o espirito da revolta os impelle a sacudir todo o jugo e a cortar a mão que ousa domal-os.

Ditálcon acenou com a cabeça, em signal de adhesão áquella ideia. E o Consul, vendo que estava sendo comprehendido, voltou-se para Minouro: Nós não podemos andar aqui em balanços ao grado dos sonhos de Viriatho; quer fazer uma Patria Lusitana, com um individualismo e autonomia propria, quando entre Lusitanos e Iberos não existem fronteiras separativas, nem de montanhas, nem de rios.

Um erudito historiador, querendo explicar a disposição hereditaria e sempre inalteravel para o separatismo, que se encontra nos povos que occupam a nossa peninsula, observa que a confiança inabalavel que os iberos mantiveram, sempre no seu proprio arrojo, manifesta-se pela mesma forma na continuada tendencia das diversas fracções da Hespanha, desde Pelayo até aos nossos dias, para se isolarem em vida autonomica distincta, sem attenderem nem á sua fraqueza, nem á pequena extensão do seu territorio.

Palavra Do Dia

disseminavam

Outros Procurando