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Atualizado: 7 de junho de 2025


E mesmo conterá, de certo, alguma cousa Do que me traz submisso e prezo ao teu olhar: Teu corpo a pouco e pouco irá fugindo á louza Depois tornado em lyrio á terra hade voltar! E em longas noites, n'elle, eu beberei sosinho, Sonhando as convulsões d'uns lindos braços nús, A fragrancia que exhala a candidez do linho Em que hoje ondeias leve e onde os meus labios puz,

E o leve insecto E a relva e os matos e a fragrancia pura Das boninas da encosta estão contando Mil saudades de Deus, que os ha lançado, Com mão profusa, no regaço ameno Da solidão, onde se esconde o justo.

Os pomares, copando-se, encantavam de espaço em espaço os olhos offerecendo-lhes bosques fechados, e embalsamando tudo em roda com sua fragrancia.

Abril de 1855. Naquella deserta ermida, Que alveja na serrania, Deu signal, Julia querida, O sino da Ave-Maria. Este som tão conhecido Da nossa innocente infancia, Como agora vem sentido Trazer-me viva á lembrança, Toda essa doce fragrancia D'aquelle existir d'então! Ai! lembrança não, saudade! Saudade Julia, tão funda... Mas tão grata, que me innunda De ventura o coração.

Aos domingos a mãe deixava-lhe uns dez reis. Deitava-se ao luar, dormindo sobre os fênos, Na fragrancia do trêvo, ao dos cães fieis. A mãe tinha de seu duas vaquitas mansas: N'um cerro agreste e vil alguns palmos de chão. E tinha ainda mais não sei quantas creanças Que andavam nuas sempre e sempre a pedir pão.

Ao longo d'esse breve praso, de que nunca me poderei esquecer, foi sempre Maria a melhor metade da minha alma; os olhos e voz para a minha leitura; a mão para a minha escripta; a inspiradora para os meus versos; a conselheira nas minhas incertezas; a vestal para o fogo das minhas pequenas ambições; a socia, a luz, a explicação dos meus passeios; o calor, a fragrancia e a musica da minha poisada; um enxerto da arvore da vida no meu teixo; o ecco do meu coração; o meu estro fóra de mim a mostrar-se-me, a abraçar-me, a não me perder hora nem minuto de dia nem de noite; ella, ufana, de mim como de uma gloria; eu, d'ella encantado como de uma felicidade.

E cresce e alastra, em ondas voluptuosas, Em ondas de cruel fecundidade, Com a força e a subtil tenacidade Invencivel das plantas venenosas! De podridões antigas se alimenta, Da antiga podridão do chão fatal... Uma fragrancia morbida, mortal Lhe reçuma da seiva peçonhenta...

O aroma do incenso ama casar-se com a fragrancia agreste das moitas. As arvores figuram ensoberbecer-se de estender o seu pallio verde recamado de sol por cima do Filho de David. Cada hervinha pôz por fora todas suas galas para ver passar o seu Creador. Como elle, toda a Natureza parece ressuscitada, vivaz, e gloriosa. Os passaros lhe entôam canticos, como os homens, as mulheres, e as creanças.

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