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Atualizado: 14 de junho de 2025


Deus queira que António Feijó nos traga um novo livro quando voltar, um livro todo de branco e oiro, em que o travor das suas nostalgias seja, como neste ultimo, uma bem deliciosa nota. Até , envio-lhe, com as saudades d'este ceu azul, o mais enternecido abraço. Novidades, 20 de Julho de 1897. Julio Dantas.

Mas não me despeço de versar um dia esse capitulo da historia literaria portugueza, onde Antonio Feijó figurará sempre como um dos nossos poetas ao mesmo tempo mais subjectivos de temperamento e mais perfeitos e cultos de expressão.

Os que accusavam Feijó de frio e impassivel teem, n'elle, como em muitas outras composições do Sol de Inverno, um formal desmentido ao seu reparo. E, entre essas outras, citarei, especialmente, essa torturada e angustiada Supplica ao Vento, de que transborda toda a desolada nostalgia do exilio.

Villela respondia a Trigoso mas antes de Trigoso falar suspendera-se o debate, iniciado na véspera, para o juramento e entrada dos deputados de S. Paulo, Antonio Carlos, Vergueiro e Feijó.

Com o Sol de Inverno, que, n'este volume, a luz da publicidade, e com as Novas Bailatas, que vão entrar no prelo, a obra poetica de Antonio Feijó encerra-se por duas magnificas affirmações do seu alto, delicado e gentilissimo talento. A sua Musa emmudece para sempre. A sua lyra quebra-se. Esses dois livros posthumos são o seu harmonioso canto do cysne...

aquella mulher tão amada a quem sem o saber, sem a conhecer, tantos annos antes, fizera propheticamente, num dos seus mais bellos sonetos, o commovedor necrologio. Antes de morrer de amor, no entanto, menos desafortunado que Dom Pero Roiz, Antonio Feijó vivera de amor. Sua mulher dera-lhe, em seguida a um longo noivado, quinze annos de intima ventura e dois formosos filhos.

Para as pessoas extranhas elles eram, sobretudo, um prestigioso casal de diplomatas a quem sobravam intelligencia, elegancia, tacto e brilho mundanos para exercerem completamente a sua missão. Feijó era ha mais de 20 annos ministro de Portugal na Scandinavia e ha muito tempo tambem o decano do corpo diplomatico de Stockolmo.

A carreira consular tornara-se, então, a carreira favorita dos nossos litteratos: eram consules o Barão de Roussado, Eça de Queiroz, Batalha Reis, Jayme de Seguier, Coelho de Carvalho, Wenceslau de Moraes, talvez ainda outros que me não lembram agora. Feijó foi aos concursos e, poucos mezes depois, despachavam-n'o para o Rio Grande do Sul. Foi em 1886.

Muita observação politica e social, muita reflexão philosophica, anecdotas de homens publicos, do Feijó, do Vasconcellos, outras puramente galantes, nomes de senhoras, o da Leocadia, entre outros; um repertorio de factos e commentarios. Cada um admirava o talento do finado, as graças do estylo, o interesse da materia.

O seu contacto dava alegria, dava saude. Sob a suggestão do seu espirito parecia que tudo se animava e resplandecia, que a propria existencia se tornava mais amavel, mais apetecivel. De toda a sua pessoa, irradiava a joie de vivre. Junqueiro chamava-lhe, então, o opiparo Feijó...

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