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Atualizado: 28 de junho de 2025


Ella gostava d'esse, que a defendia sempre das animadversões da creadagem, e por toda a parte a cercava de deferencias tocantes. Mesmo, das suas palavras paternas, ruminadas n'um fundo de reflexão um poucochinho canalha, vinha-lhe uma sorte de lisongeira coragem. Ezequiel era o unico que parecia não pôr em duvida a ascendencia de Luiza sobre a outra creadagem.

A camareira não ouvia, agarrada á marqueza, e seguindo a installação da morte n'aquella physionomia de cera. A sua rica madrinha! A sua amiga! A sua unica affeição! Casa commigo, insistia Ezequiel. A minha vida é pouca coisa. Deixo-te tudo. Casa commigo. o marquez vinha entrando, com Ruy e os seus amigos, e toda a gente da casa áquella hora estremunhada.

Estes symbolos devem a sua origem ás visões do propheta Ezequiel e do Apostolo S. João. O primeiro com o aspecto de um leão; o segundo, de um bezerro; o terceiro com rôsto humano e o ultimo semelhando-se a uma aguia em pleno vôo. Os santos Padres consideraram estas visões como os seguintes symbolos: o homem o de S. Matheus; a aguia o de S. João, o leão o de S. Marcos e o bezerro o de S. Lucas.

E os caçadores ficavam sós, livres inteiramente para deixar correr sem respeito, n'aquellas duas ou tres semanas de campo, uma impetuosa existencia de barões feudaes, accesa nas risadas do bom vinho das cavas, nas correrias em pós das rapozas e lebres, e castigando-se á noite, finda a ceia, Deus sabe, entre os braços das mulheres que Ezequiel recrutava discretamente pelo burgo, na grande sala de lambeis gobelinos, com mobilias marchetadas de quatro seculos.

No crer dos hebreus, aquelle templo era o milagre que Deus lhes havia promettido por Ezequiel: «Porque os puz longe entre as gentes, e porque os lancei dispersos por varios paizes, eu serei para elles um pequeno sanctuario dos paizes para onde forem

Então ella alongou a vista para além dos muros do pateo, viu Ruy pelo braço de Mattoso, conversando a passos vagarosos. Menina Luiza. Era Ezequiel com uma caixa de marroquim. Da parte do senhor marquez. Luiza abriu o cofre, na ingenua expansão de Margarida ao atacar a aria das joias, na scena do jardim. Joias, joias! e houve no orgulho d'ella, um romper do sol vertiginoso.

Creados de pequeninos, no mesmo berço quasi... E olhe que têem muita força os beijos a que uma pessoa se acostuma de creança. Ella empallidecia e córava sem escrupulo, surprehendida no divino tormento que lhe extasiava o espirito em fogos multicôres. Olhe , Ezequiel. Cada um no seu lugar. O que diriam de mim, santo Deus? Coisa nenhuma, coisa nenhuma.

Todas as manhãs, Ezequiel ia aos aposentos da senhora marqueza deixar galantemente um ramilhete da parte de seu amo, que á volta da caça lhe mandava em plateau tambem, a melhor peça da correria. Os fidalgos de ha trinta annos eram ainda mais inuteis que os de hoje. A mordomos e intendentes abandonavam a gerencia dos seus negocios interiores.

Queixar-se..., ella tinha pensado em queixar-se. Mas Ezequiel contaria a scena do afogador e das pulseiras, a sua loucura pelo Ruy, e todas as tagarellices que a pobre cahira em confiar-lhe. Á tardinha, vencida de remorsos, ainda ella ousára ir com o estojo ao marquez, a recusar-lhe nitidamente aquellas offerendas que não merecia. Elle olhou-a com a bondade um pouco ironica que costumava ter.

E a sua maneira de tratar então, como d'igual para igual! Boa pessoa, fez machinalmente a rapariga, é muito boa pessoa. Uma coisa não sabe a menina. Elle está doido por si. Ai! o tramouco do velho... Diz que a ha-de fazer muito feliz. Brr! Pois quem somos nós? Tanto que me encarregou... Vossê alcovita agora, Ezequiel? Desejaria vêl-a amparada, menina Luiza.

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