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Atualizado: 19 de maio de 2025


O de Santa Eufemia arremetteu com a onda, e fez proezas de natação, deixando-se ir de costas no dorso da vaga, que o levou á praia. Como Silvina sahisse do mar, o morgado sahiu tambem, vestiu-se, e esperou, disfarçadamente, a sua mulher fatal. Sahiu Silvina da barraca, e deu de rosto com Christovão Pacheco. Sorriu-se, e respondeu á cortezia do fidalgo de Freixieiro.

Não esqueceram de certo ao leitor attento estas linhas da carta que o morgado de Santa Eufemia recebeu do pai: Anda-te embora, logo que esta recebas, que eu dou ordem ao meu amigo brazileiro para te dar para a jornada cinco pintos. O brazileiro amigo do fidalgo de Freixieiro era o snr.

Como queres tu que eu possa dissimular á penetração de Silvina o que por ella sinto?! Melhor é que me ella não veja. Vai tu, se queres: eu espero-te aqui, e voltaremos logo para o Porto. Jorge sentou-se n'uma fraga a distancia; e Leonardo Pires, vibrando o chicote, foi postar-se a pouca distancia de Silvina, conversando com o morgado de Santa Eufemia.

Rodeavam-na alguns cavalheiros do Minho, censurando-lhe a crueldade com que abandonara o morgado de Santa Eufemia. D. Francisca da Cunha chanceava com remoques os patronos da victima do collete-ginja. A fidalga de Freixieiro, esporeada pela prima, fazia tambem riso do morgado, calando os rumores da consciencia que a não louvava.

O morgado de Santa Eufemia, até á noite infausta do baile, era uma recordação, se não saudosa, ao menos magoada. D'ahi em diante, pelo menos n'aquella hora, causava-lhe tedio, e forçava-a a participar da zombaria. Estava Jorge, outra vez, defronte das duas senhoras. Sentia-se outro.

Pires, contente do seu auditorio, ia retirar-se quando o morgado de Santa Eufemia, voltando a cara jubilosamente soez para o grupo, soltou uma cascalhada secca e desafinada que assanhou cruelmente os nervos de Silvina.

E, ao mesmo tempo, como o morgado de Santa Eufemia andasse ahi nas ruas do Porto, exhibindo um rosto de amargura e uma gravata verde-gaio com alfinete de cabeça d'ouro rendilhada, Pedro de Mello disse á filha que seria prudente não dar de mão ao morgado, porque lhe constava que o pai tinha soffrido um insulto apopletico, e não poderia viver longo tempo.

A este tempo chegavam, perto de Silvina, Egas de Encerra-bodes, Christovão de Valladares, e Leonardo Pires. O do Matto-grosso comprimentou alguns primos que estavam na roda; e o de Santa Eufemia, voltando as costas para as senhoras, respondia, sem saber o que, a algumas perguntas d'um cavalheiro.

Eu sou primo do morgado de Santa Eufemia: tenho dito de sobra para justificar o meu nascimento. Ha-de perdoar-me disse Pires, não precisava v. excdizer tanto para justificar o seu nascimento... E atalhou logo a ironia vendo que o vulto do morgado se anuviava de mau agouro: o senhor morgado é tido e havido na conta de muito bom sangue da provincia...

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