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Atualizado: 24 de junho de 2025


Espantosa, de grandes rodas espessas, ferragens desconjuntas, tecto esboracado, tinta bexigosa, puxavam-a dois cavallos brancos, magros, muito magros, de joelhos grossos, orelhas cahidas, choutando sem brio, coxeando dolorosamente, com um ar de philosophos sem ração a caminho da morte. Atraz saltava a carruagem com um tinir de ferragens, soturno como um ranger d'ossos em dança macabra.

Tres volumes, pelo menos, e não seriam de mais. Mas percebe-se que lhe custe metter hombros a um labor de reconstrucção historica em que a penna seria como um estilete a revolver dolorosamente o coração saudoso do escriptor.

Antes de deixarmos o Coxim, talvez para sempre, algumas palavras; e sejão ellas o nosso adeos, adeos sem saudades, apezar do seu magestoso Taquary , de sua verde mataria, de suas lindas garças, de seu facies melancolico, de seu céo puro e noites scintillantes que terião feito surgir em nós poeticos sonhos, se o estomago e quantas vezes! não reagisse dolorosamente com exigencias difficeis de satisfazer.

Porque ha de ser tão brutal, tão despota a desgraça atirando abaixo das felizes illusões a victima a que deu trégoas d'alguns mezes? Mas, ao quarto, Luiz da Cunha viu uma dançarina no theatro, e fixou-a com tal curiosidade, que o coração de Marianna palpitou dolorosamente. Quiz desviar-lhe a attenção da perigosa mulher, e não pôde. A dançarina era franceza.

Ouçâmol-o promptamente, convoquemos os nobres: dolorosamente acceito o meu novo encargo, pois tenho sobre este reino direitos incontestaveis, que é meu dever reivindicar. Missão tenho de lhe fallar a esse respeito, da parte d'aquelle que vivo teria tido os suffragios do povo.

Em maio de 1889 chegava eu á gare de Campanhã, no Porto, em virtude de um acontecimento de familia, que me trazia então dolorosamente preoccupado. Ouvi dizer a um companheiro de viagem, que estava lendo o Jornal da manhã: Morreu o Eduardo Coelho. De repente? Sim, de repente. Hontem á noite, quando saímos de Lisboa, nada constava...

Abre o livro funebre da tua mocidade, e os preceitos da experiencia. Toda a desgraça é uma raiz, que se arreiga dolorosamente na alma; porém, vem um dia em que a raiz abrolha flores que parecem de planta abençoada: essas flores são o escarmento, o desengano, a verdade, a sciencia da vida como ella é, vista á luz da razão.

A religião christã exalta a alma, penetrando-a de elevado espiritualismo. A vida é a estrada rude e aspera, que a alma vae subindo dolorosamente até entrar, emfim, pela porta da morte na felicidade eterna. S. Jeronymo, na sua cella humida e fria, rasgava as carnes com cilicios e açoutes para calar os sentidos.

Corre-se a aquecer-se ao fogo redemptor da simplicidade que a imaginação sobrexcitada lhe mostrava n'um quadro tentador. O seu regresso a Villalva ficava resolvido. Para que ir mais longe? Em vão! em vão!... Mais uma vez repetia estas palavras com que tão dolorosamente terminara tanta illusão da sua vida. Voltava a Villalva, depois de curtas semanas de ausencia, vencido pela saudade.

O que nesses caminhos muitas vezes se encontra é o clarão que illumina e o clarão que deslumbra; é a sciencia que se entrevê, separada de nós pela insufficiencia das forças do espirito; são profundezas ennevoadas em que a razão se precipita e vai revoluteando até se incrustar n'um macisso de trevas quasi tangiveis; é o desconsolo de trocar, de noite a noite, o crer pelo duvidar, o duvidar pelo descrer; é aprender laboriosamente pouco, desaprendendo dolorosamente muito; é substituir pela observação e pelo raciocinio opprimidos no finito, no existente, a poesia que nos leva mansamente embalados atravez das suas creações infinitas; é consumir a brevidade da vida em esforços não raro inefficazes para alcançar a verdade, que além da morte, nos espera tranquilla nas amplidões do tempo sem fim.

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