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Atualizado: 15 de junho de 2025
Estava ella alli sentada na ditta cadeira, e deante de si tinha uma dobadoira, que se movia regularmente com o tirar do fio que lhe vinha ter ás mãos a inrollar-se no ja crescido novello. Era o unico signal de vida que havia em todo esse quadro.
Bem dizem que a ociosidade é o peior lavor. Joanninha deu-lhe o novêllo e pôs-lhe a dobadoira a geito. A velha sentiu o que quer que fosse na mão, levou-a á bôcca e pareceu beija-la, depois disse: 'Bem vi, Joanninha! 'O quê, minha avó? que viu?
Não havia outra differença agora senão que a dobadoira não parava, e que o fio seguia, seguia, inrollando-se, inrollando-se contínuo e compassado no novêllo; e que os braços da velha lidavam lentamente mas sem cessar no seu movimento de authomato que fazia mal ver.
Por vezes, o movimento Claro exprime Tumultuar do pensamento, Que no imo da alma a opprime E quasi oura! Muda angustia e paciencia Reflecte-as a intermittencia Do andamento Ao voltear da dobadoira. Fica-lhe na mão suspensa O novello, Concentrada não o enleia: Na orfã netinha pensa!... Vem-lhe á ideia Por sua morte: «Só, no mundo! entregue á sorte!
Estava ella alli sentada na ditta cadeira, e deante de si tinha uma dobadoira, que se movia regularmente com o tirar do fio que lhe vinha ter ás mãos a inrollar-se no ja crescido novello. Era o unico signal de vida que havia em todo esse quadro.
Sem isso, velha, cadeira, dobadoira, tudo pareceria uma graciosa sculptura de Antonio Ferreira ou um d'aquelles quadros tam verdadeiros do morgado de Setubal. O movimento bem visivel da dobadoira era regular, e respondía ao movimento quasi imperceptivel das mãos da velha.
'Pois merendemos'. Joannninha foi dentro da casa, trouxe uma banquinha redonda, cubriu-a com uma toalha alvissima, pôs em cima fructa, pão, queijo, vinho, chegou-a para aopé da velha, tirou-lhe o novello da mão, e arredou a dobadoira.
Uma das raparigas ia cantando uma historia triste, talvez com realidade; era a canção narrativa, *A Dobadoira* Estava á porta assentada, Dobando a sua meada A velhinha; Lenço branco na cabeça A madeixa lhe sustinha, E envolve-a como toalha: Com que pressa Sentada á porta trabalha!
Não havia outra differença agora senão que a dobadoira não parava, e que o fio seguia, seguia, inrollando-se, inrollando-se contínuo e compassado no novêllo; e que os braços da velha lidavam lentamente mas sem cessar no seu movimento de authomato que fazia mal ver.
Pobre neta...» Pezadello, Que tanto a velhinha inquieta. Não ouvindo a dobadoira, Que gemia intermittente, Cahindo da mão dormente O novello... Com disvello, A neta, cabeça loira, Vem á porta Vêr o que foi; com susto olha: Uma lagrima inda molha A face á velhinha morta. No fim da canção uma das raparigas limpou as lagrimas; disse uma d'ellas: Tu, Nilliata, nunca ouves essa aravenga sem chorares.
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